sexta-feira, 1 de abril de 2011

Let's kill the people

Hoje é o dia do homicídio. Vamos matar alguém? Hoje é dia do estupro. Vamos machucar algumas garotinhas? Hoje é dia de... do quê mesmo? Oh, sim. Do esquecimento. Vamos esquecer quem nos fez sofrer, afinal de contas, amanhã teremos de lembrar com mais fatos de horror. Hoje parece ser um dia cômico, mas creio que não sou a única que está levando a sério. Já vi pessoas baixando ainda mais o PH de suas críticas. Comparando o dia de hoje com o nosso Distrito Federal. Não vou discutir política, seria irônico fazer isso neste começo de abril.

A questão em si é: Quem inventou esse dia? Seria alguém tão cansado de receber inverdades que em um ato de desespero, resolveu juntar-se a festa? Como um grande protesto, comemorou todas as mentiras que contaram para ele. Você gostaria de fazer o mesmo? Porque no fundo nós sabemos que mentimos o tempo todo.
Mentimos quando alguém do banco liga. Mentimos quando não queremos comprar nada de vendedores ambulantes alegando não ter dinheiro. Mentimos fingindo não estar em casa ao receber aquela visita indesejada. Mentimos quando falamos que não nos esquecemos de certa data que deveria ser lembrada.

Mentimos tanto que nós deixamos de acreditar na verdade.

A verdade existe? Seria ela tão pequena que ao se camuflar no mundo de calúnias e injustiças, parece inexistente?
Como frio de verão, quase impossível de acontecer. São as estatísticas de uma verdade pura. Nenhuma delas está livre das incertezas, cabe a cada um decidir em quem acreditar.

"A consciência de um homem é como um labirinto. Por hora ele perde-se em si mesmo, talvez, jamais se encontre. Ou nunca tenha estado na direção certa. A mente prega tantas peças que as pessoas tornam-se fantoches de seus próprios cérebros. Desliga-se o lado direito, adiciona-se a sobrecarga no lado esquerdo. O que temos agora? Uma máquina insensível, trivialmente rejeitada. E essas casualidades transformam pele em armadura. Coração em bomba relógio. Cérebro em chip. Ser humano cibernético."