terça-feira, 28 de dezembro de 2010

I want love, just a love

Fim de ano é sempre a mesma coisa, certo? Depois da ressaca do Natal, o que temos? A preparação para a ressaca do ano novo. Como diz uma canção que eu nem sei a letra: "Adeus ano velho, olá ano novo!" Se não for isso, desculpe, mas meu objetivo não é decorar letras, não hoje!

O que o ano novo significa? Claro que para algumas pessoas o ano novo não é apenas uma hora de mudar o calendário, e jogar o antigo no lixo. Quem consegue? Quando vejo aqueles calendários de bichinhos fofos, não consigo jogá-los fora! Sempre ficam no último plástico da carteira, não digam que estou sozinha nessa, não irei acreditar em vocês! Não dessa vez.

Mas não estou aqui para falar do meu mal costume de guardar coisas, (acreditem ou não, eu guardo muita coisa) mas sim para mostrar que todos temos algo em comum, pelo menos no dia trinta e um de dezembro.
O que temos em comum além de comidas especiais? Bem, vamos falar das coisas positivas, pois também temos nosso lado negativo sendo dividido, talvez isso que deveria nos unir cada vez mais!

Se ninguém conseguiu adivinhar... Francamente! Desejo, pessoal. Nós desejamos as coisas, certo? Bons desejos, e também os desejos malvados, desejos frustrados, desejos sem esperanças, mas mesmo assim desejos!
Existe algo melhor do que realizar nossos desejos? Alguns desejos são tão grandes que acabaram virando sonhos. Eu que o diga! 2010 foi o ano dos desejos especiais, pelo menos para mim.

Mas sei que não posso ser egoísta, reconheço que esse ano foi péssimo para algumas pessoas que conheço, e para as que não conheço. Então se você for a segunda citação... Sinto muito! Espero que o próximo ano seja melhor, e que você pense que não vale a pena desistir, muito pelo contrário. Valeu a pena continuar para descobrir que o ano passado não era o seu, mas sim o de outras pessoas. Então no ano que vem sorria, pois é a sua chance!

Eu vi sorrisos, tragédias fatais, machucados físicos e sentimentais. Também vi dor, amor, saudade e realização. Então o que quero ano que vem? Quero mais! Menos tragédias fatais, menos machucados físicos e sentimentais. Menos dor e saudade. Quero fatos felizes, tombos por correr nos campos, surpresas de pessoas que visitam as outras depois de tanto tempo. Quero presença, quero conhecer as pessoas e o mundo.

Há coisas que irão mudar, outras não. Mas sempre é bom esperar que elas mudem. A mudança sempre vem para nos fazer ver que a rotina pode ser tediosa. Então é isso que eu quero no ano que vem.
Uma mudança positiva para as pessoas que precisam dela. Irá vir, pode ser em qualquer mês, até no último dia do ano que vem, mas não deixe de esperar.


Sempre haverá alguém que estará ao seu lado, 
então abra seus olhos e veja o ano chegando.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Teddy bear

Eles eram tão grandes, e eu tão pequenina. Oh, sim. Foi graças a uma conversa ontem que lembrei-me de meus queridos companheiros. Estes que substituíram tão bem alguém, pois em meus momentos de solidão precária, lá estavam eles, com seus sorrisos imortalizados por um gesto de cuidado.

Para uns a infantilidade morreu, ou nunca existiu. Já para outros sempre esteve presente, e continuará viva. A sensação que tenho é que fiquei maior, e eles encolheram. E foi de uma forma absurda, pois lembro-me que eram maiores que eu... Ah, quanta nostalgia, não é? A maioria dos textos deste blog está falando do passado, de um passado que sempre senti, e sinto falta.

Porém, procuro diferenciar nos temas, e acho divertido saber a opinião das pessoas quando terminam de ler tudo isso.
Nossa infância foi trancada em um lugar comum, então por que não libertá-la? Segue abaixo uma narrativa especial, para todos que um dia irão libertar a criança que existe lá no fundo desses corações adultos.



Nos lençóis vazios eu sentia a cama quente, o tempo frio correu como sempre corria, daquela forma que irritava-me profundamente. O chão tão gelado me fez recuar de volta para a cama. O que era aquilo? Uma mulher com medo do gelo? Oh, não. Como posso ter medo de mim mesma?
Enfrentei-o de modo normal, o que me tranquilizou foi a ducha matinal, lamentável saber que a conta está atrasada. Bons tempos aquele em que a água era de graça.
Roupas tão desejadas por mim há anos atrás, calçados bonitos e luxuosos. Ah, e as bolsas... Que carregavam todo o vazio de minha vida, mas mesmo assim, divinas.

A máscara que eu tinha sob o rosto não era apenas maquiagem, era a máscara que as pessoas grandes tinham de ter para possuir seus papéis sujos.
Papéis que compram a qualquer um, em qualquer momento. Meu trabalho era bacana, como qualquer escritora amadora poderia sonhar. Redatora chefe de uma revista consagrada parece demais? Para mim nunca é demais.

Alinhar, escolher, escrever, ler, escolher de novo, se irritar, demitir, chorar, sorrir, quebrar... ir embora.

Meus verbos diários, oh! Como são belos, não? Em meu celular um SMS: "Estou indo para a sua casa, preciso te contar algo. Não invente desculpas. Suas secretária não me engana dizendo que está em Paris." 

Que  graça, não? Minha mãe sempre foi muito sutil... Mas algo me perturbava, e eu não sabia o que era.
Algo que me dizia para correr pra casa, como uma idiota arrumando todos os defeitos de minha casa. O problema é que minha casa não possuía defeito algum, eu mesma não mexia em nada para vê-la bagunçada.
Estava questionando-me o motivo de tanta preocupação enquanto deslizava meus sapatos de cetim no chão brilhante do shopping central. Uma vitrine chamou-me a atenção.
Quando aproximei-me dela vi o horror. Era aquilo! Aquilo que estava deixando-me perturbada depois daquela mensagem!

Sai correndo... sim! eu não corria há anos e isso com certeza irá resultar em dores musculares. Dirigi o carro feito louca, uma louca no trânsito como alguns motoristas gentis me apelidaram.
Eu não liguei, dirigi feito "macho" como aprendi em meus anos de adolescência. E parecia tão tarde quando vi a limosine dela em frente ao meu portão.
Eu devia explicar algo à ela? Deveria dizer que a cena em meu quarto não passava de uma decoração viva? Quem acreditaria que tantos amantes em minha cama, esperando-me não era um motivo de escândalo?
Eu estava tão perdida...


Já sem ter o que fazer, demorei o quanto pude com meus passos decepcionados. A casa estava vazia, como esperado. Larguei algumas sacolas no sofá e subi as escadas. A porta de meu quarto estava aberta, e minha mãe permenecia em minha cama, acariciando um de meus amantes.

─ Você não morreu como eu havia pensado.

E então eu sabia que libertar meu segredo era o único jeito de ter forças para viver minha vida. Pois meus amantes sempre estiveram comigo, preenchendo o vazio de um amor que nunca me notou.
E agora alguém estava enxergando o quanto sofri calada, só para mim.
Em minha solidão eles me davam conforto, mesmo que fossem pequeninos...


Um grande amor que perto de mim é imortal.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

If you're going, wait

Era uma tarde muito clara de primavera, o campo perto de sua casa estava enfeitado das mais belas flores já vistas. Violetas e rosas, mas sua favorita eram as tulipas azuis.Para fazê-la sorrir era preciso um grande esforço.

No começo do ano ele a conheceu, em dois dias se apaixonou. Em três semanas começou com os poemas. Julgava-se um amador, um pseudo poeta que não sabia fazer mais nada se não escrever suas palavras para ela.
Sua professora por vezes escondeu seu encanto, dizendo para parar de ser tão crítico consigo, era um artista. Possuía palavras tão fortes que essas entravam nos sonhos da professora, como cenas provocantes.

Pensou em deixar o colégio, pensou em fugir. Era difícil vê-lo sofrer em palavras. Oh sim! Ela sabia que ele tinha um platonismo do tamanho de sua genialidade. Como era difícil saber que ele passava a madrugada toda elaborando os mais belos poemas para alguém que não o enxergava.

─ Então, por que está esquecendo das vírgulas?
─ Eu... não prestei atenção. Desculpe.
─ Como posso avaliar teu texto sem uma gramática formal?
─ Faça... o que achar melhor. ─ Respondeu, em um bocejo exausto.
─ Quanto tempo está sem dormir?
─ Hum? eu não sei.
─ Isso não pode continuar, por favor. Esquece-a, ela não merece tudo isso. Olhe para você, era tão doce com teus poemas, e agora o que é? Está amargo.
─ Eu não queria que fosse assim, mas é.
─ Você pode mudar isso, não pode?
─ Não posso. Sabe que não.
─ Está se destruindo, é tão horrível vê-lo assim.
─ Não veja.
─ Não posso fechar meus olhos, eu te vejo em todos os lugares.

Um baque. Por essa ele não esperava. Suspirou, levando a mão aos cabelos rebeldes que possuía. Olhou para as paredes, para o quadro branco, para as folhas de papéis em sua mesa. Mais do que nunca ele queria escrever, escrever sobre o que havia descoberto. Sobre o que pensava a respeito.
O mundo estava começando a engoli-lo com uma velocidade maior, sentia um grande buraco em suas costas pronto para apanhá-lo.
Voltou para aquela sala de aula, fazendo contato visual com a professora.

─ Não posso esperar por ela, e nem você por mim. Eu lamento tanto!

Beijou-lhe a face, deixando o colégio pela última vez. Isso a preocupou, eram férias e só o veria no mês que vem. Estaria ele curado daquela paixão? Por vezes pensou em mostrar os poemas para a garota, mas ela não era do tipo que gostava de um bom cérebro, apreciava os músculos.

Um dia apenas... ele tinha um dia. A noite veio e o envolveu com sua escuridão. Demonstrou o que possuía, um buraco no coração. Exatamente como em seus poemas, e agora fisicamente com uma bala.
Matou-se por amor, matou-se por rancor, matou-se por culpa. Quem era ele para despertar algo tão horrível na pessoa que se apoiava? O amor era um veneno, e desse veneno iria morrer sem deixar mais vítimas.

A notícia chegou, mas a razão era desconhecida. Só uma pessoa sabia o motivo, e via que a morte em vão não poderia nunca ter uma paz eterna.
Juntou todos os poemas, guardou-os em uma caixa. Direcionou-se para o carro, dirigiu e dirigiu. Uma chácara.

─ Você?
─ Eu preciso falar com você.
─ Eu já soube, aquele maluco se matou. Ninguém sabe porque, pra mim ele usava drogas.
─ Uma droga bem ordinária.
─ É, mas o que eu tenho a ver com isso?
─ Toma.
─ O quê é?
─ Todos são sobre você, saiba que tipo de droga o matou.

Abriu, leu o primeiro. A caixa foi para o chão, espalhando os outros pela sala.

─ Eu sou a droga?
─ Alguma dúvida?
─ Eu não... sabia. ele nunca disse.
─ Ele sempre disse da maneira dele.
─ Quer que eu me sinta culpada? Olha, eu não tenho culpa, tá legal?
─ Não é para sentir-se culpada. Agora sabe porque tudo aconteceu, você tinha que saber. Tudo seria em vão se fosse em segredo, ele deveria querer que você soubesse.
─ Não adianta mais.
─ Não.

Foi embora. Voltou, voltou. Na caixa de correio um envelope. Na sala, a mesma caligrafia:

Eu não tive coragem, eu não podia mais permitir que outros enlouquecessem como eu. Me perdoe, eu jamais quis lhe causar dor, mas se eu for embora, você irá me esquecer. Agora dói, amanhã também. Semana que vem não mais, só preciso que viva o primeiro dia, os outros virão.
Eu fui covarde, lamento por isso. Dediquei tantos à ela que esqueci de quem os lia. Me perdoe de novo, eu sou um imbecil e quero fazer as coisas direito.
Esse é o último, e lhe juro que o receptor é quem acompanha essas linhas.

"Estou indo embora para longe, tão longe que você não irá me ver,
mas isso não significa que eu estarei longe de você.
Não notei sua aproximação, é que simplesmente tinha
algo em meus olhos. 
Meu coração... Agora bate por outro alguém, logo
não baterá por ninguém.
Mas a última batida dedico a ti, pois entre muitas 
das quais tentei me envolver, só agora vi que te conheci.
Alguém além da seriedade de um professor, alguém que como
eu, poderia sentir o amor.
Esse amor está queimando há tanto tempo que precisei esfriá-lo,
não siga meus passos, pois nesta tentativa só consegui matá-lo.
Olhe para o mundo, ele irá amar você. E quando parecer que não
ama, feche os olhos. Em cada lugar que for, eu estarei sempre
com você."

P.S.: Agora que terminei meu último poema sinto-me livre, embora queira escrever mais sobre ti, não posso. Chegou a hora de partir.

Lágrimas. Papél molhado, amassado e admirado. Queimou-o com o fogo de uma vela. Só ela saberia o que responder. E já que ele estava em outro lugar, precisaria se mudar.


Uma faca, um pescoço machucado. A luz se foi de seus olhos, não poderiam mais estar separados.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

I can't say hello

Quem nunca deixou que os limites da paixão atravessassem uma tela de computador que atire a primeira pedra. Parabéns, se você atirou uma pedra, és mentiroso. Pois eu não conheço ninguém da geração "tecnologia" que não tenha se deixado levar por uma paixão como essas.

Não é saudável, mas é gostosa de viver. Acreditem, ainda mais se for correspondida. E quando não é... bem, o problema começa aí, certo?
Um platonismo é algo da adolescência, provavelmente muitos aqui já se apaixonaram por professores (as), totalmente normal! (Estagiários também conta, quem nunca ficou sem ar com o de biologia?!)

Acontece que amor platônico com pessoas que vemos todos os dias é melhor de se viver, por incrível que pareça. A desvantagem, claro, é que sempre será um amor platônico. Não vejo muita graça se deixar de ser, só se fosse por uma razão: recíproco.

Posso contar nos dedos as pessoas que conheço que sabem o significado dessa palavra. Triste, não? Também acho.
Mais triste que isso é ver alguém online, e não ter coragem de dizer oi. Soaria como: 

"Eu sinto a sua falta, fale comigo. sou carente", 

ou é melhor esperar que ele diga "oi" e pense: 

"Ela nunca me dá oi, devo ser um chato."

É tão difícil saber o que se passa na cabeça da pessoa que gostamos.

E inevitável tentar prendê-lo (a) com nossas conversas sobre coisas que agradam. Ah! Temos um dicionário no coração com suas coisas favoritas. É tão difícil nos segurarmos para não puxar papo, tão difícil tentar esquecer quem está longe, e fácil esquecer quem está próximo.

Me diga qual foi o seu truque, pois em todos os anos de minha vida, eu jamais me senti tão escrava da saudade.


Platonismo é algo marcante, saudades torturante, e meu sentimento por ti é relutante.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Merry christmas, lovers

É difícil descrever o Natal quando você não tem mais um natal de verdade. E eu já tive tantos! Com presentes, mesa farta, família reunida e boas risadas. Nas noite de dezembro todas são exatamente iguais, não há maneira de ficar diferente. Eu tenho certeza que muitos de meus leitores irão curtir seus natais de forma especial, com todas as pessoas que eles gostam.

Eu fico feliz com isso, de verdade. Realmente espero que seja tudo perfeito e que ganhem os melhores presentes que poderiam esperar. E não falo de presentes materiais, pois há presentes mais bonitos, e muito mais valiosos! Sabem disso.

Mas hoje vou dedicar esse post a quem não tem natal, a quem não acredita no natal, (como eu) e para as pessoas que até acreditam, mas sempre tem a mesma merda de noite natalina. Datas que fazem você querer desaparecer, mas como fazer isso?

Em dezembro qualquer canto do mundo estará com luzes piscando, querendo engolir toda a sua tristeza e angústia.

Natais... quem foi que inventou essa data de tortura? Peço desculpas aos amantes do Natal, em meus tempos de criança eu o esperava o ano inteiro... E quando terminava, começava a esperar tudo de novo.

Caros amigos, pessoas que não conheço, mas que mesmo assim são fieis leitores desse blog, o que é o natal? Por favor, não expliquem da maneira religiosa, eu imploro. Só me digam, além disso o que é?

Parece que fica difícil de explicar sem citar qualquer outra coisa... Natal é uma data tão boba, tão esquisita e tão fantasiosa. Eu devo ter perdido a mágica, a fantasia e a vontade de comemorar coisas que eu gostava.

Porque as pessoas mudam de acordo com o que acontece na vida delas. Você que acha que alguém não pode mudar, que tem de ser exatamente do jeito que era há três anos atrás... És egocêntrico. Qualquer um pode mudar o seu jeito de pensar, agir e viver.

Eu mudei... mudei tanto! E estou dessa forma por escolha, não por causa de alguém. Se formos analisar a situação, tudo gira em torno de alguém... mas se foi.

Essa crítica tão natalina não está dizendo para vocês deixarem de curtir o natal, é algo tão clichê que eu não poderia deixar de escrever, porém da minha maneira.
E logo vocês irão perceber que esse ponto de vista não é só meu, pois não sou egoísta. Eu posso dividir as minhas opiniões com todo mundo.

      "Eu posso estar longe de ti, posso não acreditar na data que mais lhe agrada, mas eu nunca irei deixar de pensar em você a meia noite."

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sweet girl

Ela era uma garota rara. Todos os seus amigos não prestavam atenção nela, preferiam as loiras com mais corpo do que um cérebro inteligente que se destacava nas coisas. Não era nerd, mas também sabia resolver questões de matemática se fosse por esforço, mas sempre conseguia. No colégio tinha poucas amigas, algumas que pensou durar para a vida inteira, outras que somente foram conhecê-la tempos mais tarde.
Todas amadas por ela, pois quem lhe agrada com simples palavras, consegue um lugar em seu coração. Um coração tão grande que mais parece um balão. Daqueles coloridos que se vê hoje em dia. Era um balão inofensivo, apesar de muita gente já ter tentado fazê-lo cair.

Discos a deixam tão feliz ao ponto de sorrir para o dia, e o sol sente inveja dela. As estrelas gostariam de brilhar como ela, e a Lua... Ah, pobre Lua... Nunca poderia ser tão admirada como ela.
Seus cabelos desfiados, sua pele nada bronzeada e seu batom vermelho faiscava durante as idas e vindas ao cinema. E mesmo que fosse no escuro, sempre havia um cara observando-a, e ela nem notava.

Por muitos anos eu vivi sem ela, uma tortura de vida monótona. Quando se conhece alguém especial, fazemos de tudo para agradá-la, e não é difícil de fazê-lo. Pois essa garotinha sempre se anima com algo que tenha a ver com aquilo que ela mais gosta. Eu não preciso dizer aqui que somos parecidas, pois é evidente.
Mas essa garota tem um medo. Um medo do qual muitos acham bobo, somente eu ou mais alguém pode compreender. Ela tem medo de sair da casinha do 1. Hoje disse à ela que para mim, sempre será a garota com dezenove anos, prima de peter pan. Eu não disse que era fácil agradá-la com palavras doces? Além de doces, essas foram sinceras. Todos sabem que foram...

E aposto que ela está tão curiosa com meu segredo que nem imagina que aqui estou eu, digitando um mero texto para ela saber o quanto é especial. Pode ser clichê, mas não tem problema. Eu sou jovem e serei perdoada por meus erros bobos, não é?
Adolescentes erram. Pessoas vivem aprendendo. Garotas criam laços.
Além de muitos elogios que fiz aqui, e que ela irá rir, quero dizer que não são só em bons momentos que essa garotinha dá um jeito de estar por perto. Não. Sempre está, de qualquer forma. Basta para nós.
Minhas palavras não são dignas de suas qualidades, eu sei disso. Ela escreve melhor que eu em vários assuntos, porém, só eu sei escrever coisas bonitas sobre ela. Não adianta tentar ser modesta dizendo que isso tudo não é verdade, e que és apenas uma garota.

Sempre foi uma garota de laços...

Meu laço com ela é fortalecido a cada madrugada, pois cada segredo compartilhado é mais uma parte dessa amizade de cetim.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Here comes the sun

O charme é uma característica marcante, e na antiguidade era usado para flertar. Doces moças balançavam os cabelos e se abanavam com leques de renda para fazer um cavalheiro olhar, e então notar que ele fora o escolhido. Ah, que charme bonito, nao é? Mas o charme é visto como algo feminino, o que é errado. Homens também podem ser charmosos, e até mesmo flertar. Não é bonito ver um homem fácil, na verdade não é bonito ver ninguém fácil.

O que estou querendo dizer com tudo isso? Bem, um costume europeu que tirou pessoas tão preciosas do mundo! Não! Eu não estou pedindo ou exigindo que vocês parem de fumar, não quero tentar passar lição de moral, cada um faz o que quer de sua vida, mas pensem... Se vocês arriscam suas vidas, e se meu coração transborda de amor por você, consequentemente irá me matar quando chegar a hora.

E a forma é a mais cruel do mundo, porque não irão morrer de um sono profundo, como todo mundo um dia sonhou! Vocês podem passar por um processo doloroso, o prazer te bate como nunca batera antes, um dia após outro...

E então não só a sua guitarra chora gentilmente, mas as pessoas que te amam começam a sentir dor, e choram tanto que não percebem que o sol está chegando, e que o querido senhor não pode fazer mais nada.

Talvez o lugar que possa acalmar seus corações seja a Índia, ou nenhum lugar.
Seu coração chora feito acordes de uma lenta canção, e de repente nem mesmo um ukelele pode te fazer sorrir.

Para tudo passar, você precisará de alguém para amar um dia, se eu precisar irei chamar você...
Logo você que me ensinou que não é preciso matar o orgulho para dizer: "eu preciso de você".
E há uma coisa... uma coisa que você faz que me deixa assim, todo bobo. E eu até poderia cantar como você me deixa, como seu jeito me cativou, e ainda o faz até hoje.

Dias cinzas estão aí, mas como diz alguém muito especial...

"aqui vem o sol..."

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Friendship never die

E este é o último dia, o fim de um ciclo, de uma vida acadêmica. Pois sim, não importa se estamos no primeiro ou no terceiro ano, sempre iremos sofrer desta nostalgia que é o fim de ano. Ao lembrar de tudo, acabamos entrando em uma máquina do tempo, revivendo momentos tão especiais que não conseguimos acreditar que estes dissiparam-se por conta do tempo. É esse tempo tão injusto que nos rouba o que temos de melhor, a amizade. Pois não podemos dizer que uma amizade concreta durará para sempre, quantas vezes quebramos a cara, ficamos cabisbaixos lamentando-se por promessas quebradas e palavras mentirosas?

Essa sensação que o tempo nos dá às vezes é cruel, e por mais que procuramos saber onde erramos para que o tempo tenha acelerado de forma tão precipitada, não encontramos resposta alguma, talvez um vento como aviso.

Ele não vai parar...

De volta a nossa fantástica máquina do tempo, Oh! Como teríamos sorte se essa máquina do tempo pudesse congelar, assim poderíamos guardar com uma riqueza de detalhes maior os momentos que jamais gostaríamos de esquecer, porque nós esquecemos, e nada pode ser feito.
Na velhice, nossos neurônios começam a morrer por vontade do tempo, e este vilão mais uma vez, rouba de nós a magia que a memória nos dá.
Eu gostaria de ser forte o suficiente para lutar contra sua guerra, pois há pessoas que não merecem ser esquecidas, e delas eu lembro muitíssimo bem.

 Pessoas que conviveram comigo, outras que há pouco conheci, mas que por destino, acabaram tornando-se muito mais do que simples pessoas.
São pedaços de uma alma construída de amizade, amor e admiração. Cada pessoa incrível é o tijolo deste muro, e cada conselho gratificante é o cimento que nos une.
Estamos unidos por laços invisíveis, porque o que não pode ser visto, pode ser sentido.
Eu sinto que vocês são especiais, também sinto que alguns de vocês substituíram aquele outro tijolinho quebrado, e acabaram tornando-se dois.

Com a maior humildade do mundo, direi que é um privilégio, são poucas pessoas que ocupam um lugar duplo em minha alma.

Amigos são o começo do horizonte, e o fim do arco-íris...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

You give me power to get out of bed

Nem sempre nossas almas estão dentro de nosso corpo. Calma, eu não quis dizer que estamos mortos em alguns momentos. Vocês já ficaram com tanta vontade de estar em certo lugar que em sonhos, acabam visitando-os? Pois é, mas as vezes nem precisamos de sonhos para estar lá. Ontem e hoje estou dividida, completamente dividida em dois lugares. Minha casa é um ambiente calmo, porém eu adoraria estar por inteira em um certo show.
Muitos me falaram que era apenas um show, não. Não é apenas um show, o gostinho que ficou após assisti-lo na tv só fez com que eu me sentisse mais idiota por ter perdido a apresentação do cara mais importante do universo ao meu ver, e não é exagero aos críticos.
Eu nunca presenciei algo assim, em dezesseis anos de minha vida, jamais pude imaginar que teria o conhecimento de que ele está aqui. Ele que vem inspirando-me em todos os sentidos. É o exemplo de paternidade que eu sempre sonhei, ah quem me dera...
Sorte é daqueles que podem conviver com ele, ou pelo menos ter o conhecimento que você respira, pois só com isso todos nós seríamos as pessoas mais felizes do mundo.
Eu penso que em um tempo não muito distante, as pessoas já sabiam que a futura geração iria amá-lo, pois quem não o ama, não sabe o que é amor.
Por todas as canções, direitos, campanhas, bondade, sorriso, alegria, sotaque, banda, jeito de ser e principalmente por ser quem é, eu dedico a minha vida a você.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Screen

Chegamos tarde, muito tarde. O sol já avisava com raios minúsculos que iria nascer. Uma luz tão bela e fosforescente que meus olhos automaticamente fecharam quando tentei ver aquele espetáculo natural.
Era formoso, mas não tanto quanto o que havia visto poucas horas atrás.
A luz era perfeita, não queimava meus olhos, mas também não dilatava minhas pupilas por sua ausência. Como dizia as pessoas felizes: "Está na medida!" com risos no segundo plano.
Uma arte, realmente só uma arte poderia nos tirar de casa, e não importava que horas eram, nós sempre tivemos um tempo dedicado à ela.

Você prometeu que nunca deixaríamos de viver nossos sonhos, e que não seríamos apenas narradores que observavam todo o enredo, seríamos mais, muito mais.
Em outras palavras, estaríamos vivendo nossas histórias, nossos dramas e romances. Tudo de uma vez só, sem pausa para os espectadores relaxarem de nossa vida. Eles não podem simplesmente abandonar seu posto, estariam negando tudo o que vivemos, um crime da arte.
Nossos movimentos são tão captados que as vezes pensamos antes de realizá-los, só para ter a certeza de que aquilo faz parte do ato.
Atos que variam, alguns gostamos de viver, outros lamentamos por acontecer.

Em despedidas damos o nosso melhor, pois é algo tão real que lamento por sua partida, meu rosto molha quando o trem deixa os trilhos e você vira pó.
Apenas pó, um pó que eu amei. Depois meus lábios passam a se contrair, forçando um sorriso quando você decide saltar e faz com que meu coração volte a bater. Somente você o controla, mas o faz parar quando resolve segurar a minha mão e tentar parecer sutil.
Você não consegue, é tão romântico que de seus olhos lágrimas nunca são vistas, mas sim uma emoção que encharca a nossa casa, a nossa história.

O ar está fresco e quando a noite volta a reinar os barulhos começam, em vez de termos um silêncio só nosso, como a gratificação de horas de um trabalho.
É engraçado ver você tão grande, e tão bonito se me permite acrescentar. A realidade é muito tola para tê-lo, já a fantasia parece abraçá-lo assim como você é, pois és tão perfeito que a realidade não pode aceitá-lo.
Eu jamais o recusaria, sabe disso. Briguei com a realidade e busquei viver em sonhos com você.
E nunca iremos acordar, pois já tornou-se um círculo tão vicioso que nada pode nos tirar daqui.

Você e eu fomos feitos para isso, para viver e mostrar que as coisas devem fazer sentido mesmo quando não pareçam. A verdade é que eu não posso mais sair disso sem você, e como sei que nenhum de nós um dia irá desejar deixar de fazer magia, assino aqui um compromisso eterno.
Nunca irei pensar em deixar de lado aquilo que acreditamos, pois eu acredito em você. Mesmo quando começa a chover e você resolve ir embora, eu sempre te esperarei, não importa quantos minutos a minha angústia durar, sei que voltará.

E dizendo tudo isso no caminho de casa, você ri e me chama de boba. Eu franzo o cenho e pergunto-lhe porque pareço boba.
Com um sorriso nos lábios você me abraça e diz que nunca me deixou de verdade, pois sempre que interpretava aquelas cenas, ficava oculto de olhos curiosos e me observava fazer o meu papel.
Então repetimos uma frase juntos antes de cruzar a porta:

"Eu jamais irei me despedir."

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Teenager's life

É fácil falar da nossa vida, não é? Também é muito cabível falar de nossos gostos, e até mesmo da vida das pessoas. Tem gente que fala demais. E como falam! Aposto que todo mundo já ficou com raiva da vizinha fofoqueira que passa a vida na janela. Ela sabe o que está acontecendo.
Sabe que fulana está com ciclano, mas que ama o beltrano. Ela está nessa vida miserável, mas está feliz.
Então quem diz que ela não é uma pessoa satisfeita está errado.

Quando estamos insatisfeitos com algo, por mais preguiçosos que possamos ser, vamos tentar mudar isso. Ninguém faz algo que não é trocado por felicidade, é impossível viver assim.
O que eu estou querendo dizer é que a vida é muito relativa...
A cada minuto que passa vejo que as pessoas vão envelhecendo. O tempo traiçoeiro deixa marcas, cicatrizes e arranhões em nossas almas. As vezes ardem, outras só fazem-nos sentir que eles existem.

Nós adolescentes não temos mais tempo para fazer as coisas que gostávamos, e quando crescemos achamos que iremos ter tudo de volta. Mentira. Teremos trabalho, contas para pagar, amores frustrados para chorar e perdas que o tempo irá nos colocar.
Pedras, pedras e mais pedras. Um caminho feito delas, só para provar que a vida é injusta.
Não! Eu não estou revoltada com nada, só quero falar. Falar é bom, não é?
Criatividade, liberdade e alegria. Tem gente que não fala com a voz, mas sim com os olhos.

Conheço pessoas que nunca sequer ouvi suas vozes, mas elas nunca deixaram de dar-me um sorriso com os olhos. E esse sorriso é tão sincero que sinto-me pequena diante da expressão dos olhos que falam pelos lábios.

Ao ouvir uma canção triste, fico sonolenta. É incrível como as notas fazem-me viajar para um universo só meu, é tão forte que até parece uma droga constante. Uma droga que está me viciando cada vez mais, e que se passo horas sem ouvir música, enlouqueço.

É certo que não terei tempo para outras coisas, mas deixar de fazer as minhas paixões? Jamais.

E uma de minhas paixões é te observar.

sábado, 6 de novembro de 2010

I will always be here.

Alguns nascem em berço de ouro, outros nascem em berço de prata. Eu não nasci em berço algum, foi numa caixa de papelão. Velha, rasgada e amassada. Pelo menos servia para proteger-me de uma fria madrugada. Meus irmãos e eu, vagando por uma noite cheia de curvas de sobrevivência. Nossa mãe estava cansada, sabíamos disso e mesmo quando pequenos, procurávamos algo para ela comer, afinal de contas tínhamos que ter um leite para ter força.

Certo dia, a velocidade de um carro a tirou de nós. Foi uma noite triste. Tudo acontecia na madrugada, parecia uma espécie de maldição. Eu que era uma criatura que deveria gostar da noite, acabei odiando-a. Em tempos escuros eu me escondia, fechava os olhos e torcia para que nada desse errado. Para que outras raças não pensassem que seríamos algum tipo de banquete.
Meu irmão Lerry era o nosso líder, mas também o considerávamos como um pai. O mais experiente deveria ser respeitado já que cuidava de nós, mesmo que um membro acabasse em qualquer encrenca.

Éramos uma gangue para os de fora, os de dentro uma família. Nossos laços eram de sangue, de carinho e de solidariedade. Mesmo que muitos não acreditassem que tínhamos sentimentos um pelo outro. É claro que tínhamos sentimentos, como alguém não pode ter?
Sentimos dor quando somos chutados e choramos quando temos fome.
É triste quando alguém se vai, eu notei que isso acontece com frequencia. E na maioria das vezes não é culpa nossa. Eu poderia passar a vida toda desse jeito, vivendo por sorte e por comida.
Acontece que um dia as coisas mudaram.

Alguém me achou e resolveu tirar toda a minha frustração de uma só vez.
Senti saudades de todos, confesso. Foi um choque quando me separei deles, nunca havia acontecido isso comigo. Eu sempre fui um perdido, mas nunca me desencontrei de meus semelhantes.
Eu deveria testar, saber se era realmente melhor para mim. Foi o que Lerry me disse:
"Você precisa agarrar as oportunidades que a vida coloca em seu caminho. Deixa de bobagem e vá viver de uma forma melhor."
Eu fui, e tornei-me feliz. Feliz como nunca fui na vida.

Era ela tão bonita e tão carinhosa que foi inevitável a minha paixão por ela. A esperava em casa sempre que faltava alguns minutinhos para ela chegar, e quando acontecia meu coração pulava de alegria.
Uma sensação de prazer misturada com o doce sabor da paixão, ah... Como é graciosa a paixão.
Eu apaixonado por ela, e ela por mim. Eu o seu mascote, ela minha dona.
Tudo foi bom enquanto durou, até ela chorar pela minha ausência. Eu a vejo chorando e tenho vontade de abraçá-la, mas não posso.

Sei que ela não me vê, mas sempre estou com ela. Talvez sinta por eu estar tão próximo. Espero que um dia ela consiga me ver novamente.
Eu a observo todos os dias, agora não fico restrito a casa, posso segui-la para onde ela for. E eu sigo, detesto ver que suas amigas recomendam um substituto, mas sorrio quando minha pequena se recusa e diz que eu sempre serei único.

Seu único gato, Xip .

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

You and me.

Hoje é um dia especial. Todos os dias deveriam ser, em cada cantinho do mundo, por menor que seja o país, alguém está nascendo ou morrendo. Num piscar de olhos pessoas e animais estão respirando pela primeira vez. É fascinante saber disso, não é? Faz com que imaginemos um mundo enorme com vários acontecimentos.
Nem sempre eles são favoráveis. Eu geralmente tenho facilidade em transformar pensamentos em palavras, mas agora não sei se sou capaz de transmitir batidas de um coração que jamais quis se despedir.


Eu tenho ouvido durante dois longos anos que tudo vai passar. Não, não vai. Passaria se as coisas mudassem de forma impossível. Se pelo menos existisse uma máquina do tempo, eu venderia minha alma para poder voltar ao passado todos os dias, apenas para contemplar o seu sorriso.
Porque o seu sorriso continua sendo o mais bonito de todos, os seus olhos tão parecidos com os meus tinham uma sede de diversão, e sua gargalhada ecoava pelas paredes fazendo-as rirem também.
É por isso que voltaria no tempo, só para vê-la feliz. Costumávamos andar pelo bairro, comprar qualquer bobeira, ficávamos felizes com um convite de casamento. No fim de semana seguinte comprávamos os vestidos mais bonitos mesmo que a festa fosse daqui um ano. Éramos assim. Você e eu.


Os dias de colégio passavam devagar, no pré eu chorava porque você não estava comigo, e você chorava ao lado de fora porque não podia sempre estar comigo. Dois anos chorando na entrada, dois abraços na saída.
E mesmo quando eu não era mais garotinha, você perguntava se eu havia sentido a tua falta. As vezes eu tinha vergonha de admitir, que criança idiota eu era. Claro que eu havia sentido falta dela, eu chorava no banheiro por ela. Pedia para ligar pra casa, ouvia a sua voz e minhas lágrimas secavam. Você sabia como me manter forte, e sempre dizia que daqui há algumas horas estaríamos juntas. Você e eu.


O relatório de meu dia era repassado com cada detalhe que eu guardei em minha memória, tudo para contar a você. Para fazê-la estar presente em meu dia, mesmo que ele tivesse acabado e que agora estaríamos conversando. De qualquer forma, você sempre esteve presente. E muito mais do que pode imaginar.
Eu duvido que alguém dormia na mesma cama até os quatorze anos com a mesma pessoa. Eu disfarçava e chegava perto de você, até que nossas mãos estivessem unidas. Você não dizia nada, e era suficiente para eu dormir tranquila. As noites eram melhores, sempre estávamos próximas. Você e eu.


A época do walkman nos unia cada vez mais, dividíamos fones. Você escutando músicas velhas e dizendo que as ouvia num parquinho quando tinha a minha idade. Eu te imaginava linda e juvenil com vários garotos brigando por um simples olhar teu.
Antes de eu nascer, você ouvia canções que inexplicavelmente eu gosto. E canto, sei de cor sem ninguém nunca ter cantado para mim. Eu aprendi a te ouvir desde muito cedo.
Quando eu nasci, você cuidou de mim como se eu fosse seu único brinquedo, sua boneca. Você e eu.


O tempo transforma as pessoas de forma boa e ruim. A cada ano que se passava você ficava cada vez mais linda, e eu queria te abraçar sem parar. Até que você foi deixando de me abraçar por não ter forças. Eu insistia em ficar com os braços em volta de ti, sabia que era correspondida de todas as maneiras que existiam.
Até que um dia não foi Você e eu. Foi só eu.


Este singular fez de mim uma boneca solitária, a minha dona havia partido. Eu não pude segui-la, sei que desejava isso, mas era tarde. Eu não podia mais falar porque não teria resposta.
E meus braços não poderiam mais abraçar porque assim que eu relaxasse, eles iriam cair.
Tudo caiu. Eu cai.


Hoje eu não posso cair porque quero mostrar que por mais íntimo que possa ser todos esses sentimentos, eu ainda acho que temos um compromisso. Eu aprendi a andar, a falar, a dançar e a amar. Principalmente a te amar de uma maneira que ninguém sabe e que nenhuma pessoa nesse mundo poderá imaginar.


Eu sei que existem pessoas que não conseguem conviver com as mães por mais de duas horas. Eu só queria mais dois minutos com a minha. Iria passar cento e vinte minutos dizendo que ela é a pessoa mais importante em minha vida. Eu não disse tudo o que sentia, não contei como minha alma queimou quando ela me deixou.


São vocês e elas, amanhã ninguém sabe. A cada ano, hora, minuto, segundo e em todos os instantes de suas vidas digam que as amam. Nunca é demais, um dia irão achar que não foi suficiente. Elas e vocês.


Hoje sou eu...


Para sempre será Você e eu.

domingo, 24 de outubro de 2010

You need a hug.

É fácil olhar para trás e dizer que melhoramos ou tivemos algum progresso. Tudo pode parecer cor-de-rosa ou até mesmo azul turquesa quando estamos felizes. Há pessoas que não se sentem felizes, isso é normal. Mas sentir-se na fossa sempre é um tanto quanto problemático. Eu vejo pessoas reclamando de suas vidas todos os dias, e o que é pior, o motivo é sempre insignificante. O namorado que não ligou, o amigo que mentiu, a mãe que não deixou você ir ao cinema ou o seu cabelo que não está perfeitamente liso. Não sou contra vaidade. Longe de mim ser! Nem posso, pois adoro me cuidar.

Mas tem vezes que eu enxergo o exagero berrando, e parece que sou a única que consegue ouvir. Até falam que eu presto atenção demais nas coisas, é verdade. Até agora isso não me trouxe problemas, acredito que não traga. Se alguém falasse para mim que está preocupado porque o pai não para de beber, porque a mãe quer namorar todos os seus amigos ou porque seu avô está com uma doença em estado terminal nem seria reclamação, mas sim desabafo.
Eu estaria disposta a ajudar essas pessoas da maneira que eu puder, de verdade. Pois nesses meses eu me senti um pouquinho sozinha, podem notar pelos meus post's. Exceto em um determinado dia, mas algumas semanas depois, as coisas voltaram a ser o que eram.

Eu não sou ninguém para abrir os olhos das pessoas que colocaram máscaras em seus rostos. Não posso dizer coisas que não sou eu quem deve dizer. Só estou querendo mostrar que se você está em recuperação, ou que tua maquiagem está borrada ou até mesmo que você se cortou com um caco de vidro, sorria. Agradeça por ter sentimentos e poder sentir tudo isso. Frustração, tristeza, raiva e decepção. Você é humano e pode sentir. Há pessoas que não sentem mais nada, e por isso acabam desistindo da vida.

Não é coisa de filme dramático, é sério. Porque não adianta querer pular em um lago congelado cheio de buracos de olhos fechados.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Don't fight with me

Eu nunca pensei que um dia algo iria nos separar. Logo nós que éramos praticamente unha e carne. Me dá uma tristeza saber que você parou de falar comigo, a parte mais triste é que eu não faço idéia do motivo. Será que tem motivos? Eu lembro que nossas conversas costumavam ser ótimas, e também me lembro que ríamos enquanto mostrávamos as fotos mais bonitas que encontrávamos. Eram suspiros e mais suspiros. Suspiros esses que se foram, eu nem sei pra onde. Noite passada eu observei a textura de minhas paredes pela luz do abajur, não cansei de perguntar o que houve conosco.  Sinceramente eu não encontro resposta alguma, e isso me dói tanto.

Mesmo que o motivo não seja a gente, e sim outras pessoas, dói muito saber que a nossa convivência foi pelos ares. Eu sinto a sua falta cada dia que passa. Não é porque você está longe, não. Você sempre está perto e eu sou completamente invisível pra você.
Gostaria de saber se você fica se perguntando o que aconteceu, se acha que a culpa é sua, se fica procurando defeito ou desfecho onde não existe.

Muitas músicas me lembram você, aquelas que me mostrou, eu guardo na memória. Guardo um dia especial em que passamos, foi mágico. Eu pude sentir a liberdade crescer em meu peito, você estava lá e viu o quão feliz eu estava.
Acredito que tudo possa ter uma explicação, mas sinto-me ignorante e totalmente incapaz de entender o porquê de você ter se afastado tanto.
Não é de meu interesse se alguém disse algo ou se te fez enxergar que não valia mais a pena falar comigo. Eu só queria saber a razão para ter dado ouvidos a tantas pessoas.

Era muito bom quando nossas conversas rendiam, da última vez que fui falar com você só recebi palavras vazias. Isso está me machucando de tal forma que nenhuma palavra forte poderia descrever.
Você me deixou de lado como se fosse uma criança que enjoou de seu brinquedo favorito.
Isso não está certo. Eu jamais enjoaria de você, sabe disso.

Pode parecer infantil, pode até achar que estou querendo chamar a sua atenção, mas me machuca muito ver você distante, sem poder falar contigo, sem poder desabafar quando preciso.
Eu achei que o nosso para sempre iria durar, mas o que temos agora?
Não temos nada, você deixou claro que não era de seu agrado minhas frases, eu entendi.
A sensação que tenho é que sou uma pétala de rosa e você está pisando em mim. Pisando com todo o seu desprezo, fazendo de mim puro pó. Um pó que some aos poucos.
Eu gostaria que você pensasse um pouco e me falasse se o seu coração está chorando como o meu ou se está rindo de cada palavra que aqui está escrito.

domingo, 10 de outubro de 2010

Obrigada por essa chance, André Vasco.

E tudo parecia tão impossível pra mim. Ainda me lembro de quando eu queria saber de quem era aquela voz. Como aquela voz mexia comigo quando dizia: "Fiquem com o papai do céu, meus queridos." Era como sentir uma paz que ninguém nunca poderia me tirar. Quatro anos depois, quem diria... Eu cheguei tão perto de você. Decepcionei-me muitas vezes por não ter tido a oportunidade que parecia escapar a cada vez que eu tentava agarrá-la. Que perseguição longa, mas valeu a pena cada segundo. Eu respirei fundo e disse a mim mesma que se o meu dia não era aquele, outro dia há de ser. E foi. Em pleno aniversário de John Lennon, eu quem ganhei o presente mais especial do mundo. Tenho certeza que ninguém poderia me dar o que recebi, nada pode ser melhor, nunca... Em toda a minha vida, com esses dezesseis anos vividos, eu nunca poderei agradecer com palavras dignas a quem tornou este sonho realidade. Sim, tudo parecia um sonho, e eu temia tanto acordar. Temia não encontrar o caminho que me levasse até ele. Ao pisar naquele asfalto, que para aquele cara era o mais comum, eu juro que senti agulhas em meus dedos. Em cada um deles, agulhas que entravam e saíam. Fiquei gelada, minha professora disse que eu também havia ficado pálida, mas só foi dizer quando eu estava mais calma. Ela havia se assustado. Não era nada, era só a alegria que eu estava sentindo, muitas vezes a felicidade é demonstrada de forma duvidosa. Só que eu sabia que a minha felicidade além de ser das mais sinceras, era a que eu guardaria para sempre. Subimos com o filho da professora em uma van, que nos deixou no estacinamento das estrelas. Ah! Como eu tive o meu momento paparazzi fotografando com minha câmera as vagas que continham os nomes dos artistas. Mas quando chegue a vaga dele, quando pisei na vaga dele vazia senti o meu corpo quentíssimo, como um aquecedor ligado dentro de mim. Era relaxante, tenho que acrescentar. Almoçamos muito rápido, tudo para pegar um bom lugar. Fiquei atrás do Miranda. Nem preciso dizer que ele é um fofo! E quando chegou a hora... Só de ouvir a voz dele eu tremi e quando o vi... Sorri, sentindo meu rosto molhar. Eu juro que não queria chorar, mas veio de uma forma que eu não pude mesmo controlar. Sem querer, acabei chamando a atenção de algumas mulheres ao meu lado, que insistiram em repetir: "Ela está chorando por causa dele!" E eu não parava, ria, sorria e chorava. Tudo ao mesmo tempo. Só fui parar quando ele sumiu de cena. Na segunda vez em que apareceu, meus click's  da câmera trabalharam ferozmente. Eu não podia deixar de captar qualquer movimento que fosse realizado diante de mim, simplesmente não podia. O programa foi divertido, os erros mais ainda! E as mancadas do meu querido, então? Sinto-me culpada em dizer que adorava quando ele errava, só para ver seu sorrisinho sem graça, pedindo desculpas e tentando parecer sério, coisa de quem iria fazer direito na próxima vez. E ele fez. Ao terminar tudo, todos cansados indo para casa, eu e minha fiel companheira ficamos em frente a vaga dele, que agora estava sendo ocupada por um carro prateado. Estava frio, jamais irei me esquecer de como ficaram roxos os dedos de minha adorada professora. Jurados passam, produtores, estagiários e... Ele. Fiquei imóvel quando André olhou para mim e disse: " ─ Ah! ─ " Ele lembrou de mim. Lembrou da vez que a tão querida professora entregou-lhe uma foto minha para ele assinar. O tempo em que ele foi levar algumas coisas para o carro, para mim durou séculos. A eternidade eu só fui sentir quando seus braços ficaram em volta de mim. Embriaguei-me com o álcool de seu perfume, um arona do qual eu jamais me esquecerei. Disse que o acompanhava há muito tempo, desde a época de outra emissora e da rádio em que ele trabalhava. André sorriu, o sorriso mais gentil e bonito que minha memória guardaria. " ─ Posso te fazer uma pergunta?─ "  Ele assentiu. "─ Você é de verdade?─ " Cutuquei o seu ombro. Ele sorriu ainda mais. " ─ Ah, para com isso. ─ " O abracei de novo, como uma viciada na fragrância de seu perfume, durou tanto tempo nosso abraço que aquele aroma ficou em meu casaco, e eu sei o quão difícil será ter de tirá-lo. Quando desprendi-me dele, entreguei um papel. Dizendo que esperaria por uma resposta. Aquele texto do dia dezenove de agosto. Ele colocou no bolso com o maior carinho do mundo. " ─ Claro, vou ler sim. Eu mando. ─ " Agora só me resta esperar por uma resposta, nem que seja curta. Um breve: "Eu li" já me faria a garota mais feliz do mundo de novo. Enquanto isso, não vejo problema em curtir a minha mais nova fragrância favorita, que nem sei o nome, só sei que me deixa sem chão. Eu nem sei se vim de carro, para mim a motorista virou piloto, eu realmente estava com os pés formigando. Eu sei que estava voando...

sábado, 9 de outubro de 2010

Happy Birthday to you, John Lennon

Tenho certeza que haverá muitas postagens sobre ele hoje já que é seu aniversário. Como boa fã, farei a minha parte por puro prazer. Eu não sei quanto tempo nossos corações ainda irão chorar por sentir a falta de John Lennon. Todos nós sabemos que além de um ícone de paz, ele continua sendo a inspiração para jovens, idosos e crianças que vivem por todo o mundo. Suas canções foram mais do que cantadas, foram pronunciadas ao viver momentos dificeis, eu mesma cansei de sussurrá-la na madrugada, torcendo que com cada palavra dita, tudo iria ficar bem de novo. E as vezes ficava, confesso que a música me ajudou muito, e ainda ajuda se querem saber. Como fonte de vida, é isso o que ela representa. Eu não tenho idéia de quantas pessoas pensam como eu, mas me alegro em saber que são muitas. As que não pensam? Bem, um dia elas irão escutar uma canção de Lennon, sorrir e dizer: "De quem é essa música? É do tempo dos meus avôs, mas achei boa." Boa... dizer que uma letra de John Lennon é "boa" soa como um crime no cenário musical. Mas se formos juntas todos os "bons" e "boas", o que teremos? Oh, sim. Temos um gênio, um artista que após ser friamente morto, consegue estar entre as pessoas que mais o amam e entregar a sua mensagem de paz. Gostaria que apenas hoje eu esteja entregando uma mensagem para Ele. Porque o que realmente queremos é viver em um mundo que Lennon ajudou e influenciou a construir. Chega de pensar nas coisas que não importam, que não nos levam em lugar algum... Dê uma chance à paz.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

The lovely pillow

Estar ansiosa para algo é como esperar pelo aniversário. Sinto-me como uma garotinha de seis anos que só espera o dia de amanhã, não por fazer logo sete anos e entrar no primeiro ano da escola, mas sim para ganhar aquela boneca que eu tanto gostei na loja da esquina de casa. Porque quando eu vi aquela boneca, meus olhos encheram-se do mais bonito brilho. Sabia que ela deveria pertencer a mim, e mesmo que isso pareça um tanto quanto possessivo, não me arrependo em dizer que ela também me quer. Mesmo que não saiba. Eu espero por esse dia há meses, talvez há quase um ano. Um ano de esperanças, de decepções que me fizeram pensar se eu era digna de um encontro tão importante assim pra mim. Por muitas vezes eu vi uma garotinha abraçar seu travesseiro e acusá-lo de não lhe dar a devida atenção que merecia, o merecido conforto que sua mente precisava ter para relaxar. Agora vejo o quão boba ela era, não foi culpa de seu pobre travesseiro, foi o tempo. O tempo a deixou cansada, tão cansada que ela mesma não conseguia ver que poderia descansar, mas não. Ela já não queria descansar, queria descontar em qualquer um a frustração de uma decepção repentina. O caso é que não se pode culpar o inocente travesseiro. Ele que é tão delicado, tão fofo e tão querido que mal sabe quem você é. Ele só conhece os seus sonhos. Ele assiste seus sonhos porque na maioria das vezes está dentro deles. E tem acontecido isso sem intervalos, sempre e sempre ele é o alvo de seus pensamentos dormentes. Parece que ele sabe disso, parece que você vive falando com ele. E não fala? Não o olha por horas esperando que algum sinal venha? Um sinal que indique que ele é mais do que um apoio, ele é o motivo pelo o qual você está onde está. É, eu achava que travesseiros só serviam para dormir ou afogar as mágoas, mas pelo visto aprendi com um garotinha que ele pode ser meu melhor amigo. Sua maciez é como um abraço, sua textura como pele de veludo, seu cheiro como o doce perfume que aguça meus sentidos. A sensação que sinto quando estou perto dele vem de dentro, Acabo descobrindo que desejei por anos ter alguém, mas já o tinha. E ele é mais do que eu esperava, meu doce travesseiro... meu amante sedutor.

domingo, 3 de outubro de 2010

I never see something like that.

Eu não era tão teimosa, mas precisava tocá-la.
Ela era de muito longe, passei tardes a fitá-la.

Nunca deixei de me perguntar como era sua textura.
Se fosse por aparência, era perfeita com tamanha formosura.

Um amigo de poucos meses disse-me que ela era como
o gelo triturado, isso escureceu a minha felicidade.
Como ele podia ser tão amargo?

Bati o pé, disse que não era bem assim.
Se ele a viu e desgostou, então não a ama
Tanto quanto a mim!

Gostaria de parar com as palavras, mas elas
parecem não ter fim.
Doces versos, belos traços, enriquecidos
de nanquim. 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

You need to think about everything.

"Eu mal sabia que iria assistir tantas palestras divulgando o mesmo assunto: Profissões. " Há vários anos ela sabia que teria de escolher alguma coisa para fazer. Viver de escrever artigos em jornais seria uma boa, se seus pais não tivessem avisado que com isso, ela nunca iria possuir um apartamento ou um carro do ano. Cada vez que eles diziam isso, ela sentia-se frustrada. Não por causa do tom que os pais usavam (claro que era um dos motivos, eles nunca pareciam apoiar seus sonhos sem antes ver o que seria "melhor" ao ver deles), mas sim por saber que parte daquilo era realmente verdade. O que deveria fazer então, se a profissão que lhe era mais cabível não renderia nada? Não o suficiente para conhecer os lugares mais frios do mundo. Americanos e Europeus tinham a neve como algo normal e muitas vezes até incômodo, mas para ela... Ah! Para ela a neve era a realização de um grande sonho. Não iria se contentar com uma artificial chuva de gelo, ela queria o natural. Tocar, engolir, lamber e sentir... Queria fazer o que mais desejava com o seu próprio esforço. Era o mínimo. Precisava provar não só para os que duvidavam de si, mas também para si mesma que era capaz de colocar em prática todas as suas idéias, seus objetivos e seus conhecimentos. Tinha os pés no chão, nunca quis voar mais do que o seu limite, voava e voltava, como uma boa menina deveria ser. Um dia iria assinar a sua liberdade, talvez  a liberdade não seja livre. Esse seria o primeiro segredo que gostaria que a vida lhe contasse. Muitos diziam que o melhor a fazer era aproveitar a juventude. O coração pregando-lhe tantas peças, seus sorrisos meio embaraçados sendo lançados para alguém que não lhe dava atenção. Se as crianças são cruéis, os jovens são perversos. Não há tempo para pensar em cometer um ato não pensado. É difícil dizer se o arrependimento dito é sincero. Parece que temos tantos obstáculos, não é? E com todos esses problemas casuais, ela parecia nunca desistir. Era uma menina latina americana, possuía charme. Não incomodava ninguém, e se o faziam com ela, erguia as sobrancelhas e o indivíduo sabia que naquele momento sua fala não era bem vinda. Bastava olhar em seus olhos, aquela doce menina um dia terá de crescer, aquela doce menina um dia terá de lutar, aquela doce menina certamente irá errar e isso a fará chorar. Mas seu jeitinho doce? Oh, não. Esse ela nunca perderá.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Don't be stupid, see the truth

Tem dias que eu quero gritar o quão insatisfeita estou, outro dia eu quero viver até o último segundo. Eu vivo mudando, só não sei se estou adaptando-me a todas essas mudanças. Cansei de dizer que sou nostálgica, até demais. Não há nada nesse mundo que me impeça de lembrar de qualquer coisa que me fazia feliz no passado. É difícil dizer que deixei coisas no passado, sempre o vejo voltando, como se fosse uma grande consequencia de meus atos no presente. Falar do passado, do presente e do futuro parece ser tão abstrato. Mas não é, temos vários anos, vários meses, cada um que passa, jamais retornará.  Há certezas por aí, a maioria que vejo parecem ser incertezas. Não é meu lado cético falando, se bem que, eu até admito o quão cética sou e isto não é segredo para ninguém. Claro que é antiético colocar o nome de determinadas pessoas que conheço nesse texto e começar a falar o que acho, embora essa seja a minha grande vontade. Há pessoas que fazem coisas sem pensar e depois culpam outras, sem remorso e nem vergonha. Falta vergonha na cara, aprender que atos mal pensados, geram comentários mal recebidos. Entendam como quiser, não preciso dizer que tipo de ato estou falando. Já é bem comum, aposto que a ideia certa está nascendo em suas mentes, é essa mesmo. Se for esperto, parabéns. Acertou. Também vejo lados infantis aparecendo cada vez mais. Não adianta nada jogar pelos ares que tem dezessete anos se sua cabeça de vento tem sete. Não vamos confundir as coisas. Críticas são bem vindas para aqueles que podem melhorar, se não podem, não digam que as críticas os fazem crescer porque não fazem. Apenas mostram a opinião de cada um em relação a um trabalho de mentira. Mas voltando ao assunto, todos estão acostumados com textos poéticos e de boas linhas doces. Se os decepcionei neste, sugiro que cliquem em "postagens mais antigas" ou algo do tipo. Hoje não quero ser romântica. Quero mostrar que fico frustrada ao ver pessoas próximas comportando-se de uma maneira pouco conveniente. Parem de tentar chamar a atenção, vocês não conseguem ver que há coisas mais importantes acontecendo?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

You're the most important, André Vasco.



"Eu não sei escolher bem as palavras, também não sei se as que vão sair aqui são dignas nesta data. Eu não quero fazer todos os clichês que são feitos em aniversários, principalmente de fãs que vão mandar mensagens pra você com o caps look ligado várias vezes para você ler e responder. Eu não sei se você vai ler esse meu recado, se o ler já estará me fazendo feliz. Assim como fez com aquela foto autografa que a mãe do Rodolfo me deu. Agradeço por sua gentileza, por seu jeito de ser e por me dar a inspiração que preciso para escrever em meu blog. Eu acompanho os seus tweet's, vejo suas fotos, assisto seu programa, ouvia privê 89 assim como tantas pessoas faziam. Sei que você é rodeado por pessoas que te amam e que querem o seu bem. Fico extremamente feliz que seja assim, sua vida te faz ser o que você é. E sabe o que você é pra mim, André Vasco? Você é o cara que eu mais admiro nesse mundo. Espero que seu dia e sua noite seja do jeito que você desejar. Muita música boa, gente bonita e amor. Feliz Aniversário."

Eu mandei isso para você de todas as maneiras que eu pude, espero ansiosamente que leia, eu seria a mais sortuda.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Fly like a butterfly

Eu deveria estar falando do feriado, ou até mesmo do tempo. Só que eu não quero falar de como me sinto entediada neste dia e do quanto amo essa neblina que cobriu a minha cidade. Não há nada mais gostoso do que ver um filme sentindo a quentura de um cobertor sob seu corpo. Decidi que escreveria hoje por uma razão que vem me impressionando. Sonhos. São estranhos e me deixam confusa, apesar de eu gostar deles, na maioria das vezes fico feliz quando sonho com determinada pessoa. Saudades é um sentimento tão cruel que não deveria existir. Eu a desprezo assim como muitos abraçam o amor. Ah... o amor. Ele vive pregando peças em nossos corações, e quando nos damos conta percebemos que estamos escrevendo textos estúpidos para alguém que nunca irá lê-los. Mas mesmo assim nossos dedos querem trabalhar, eles precisam mostrar o quão apaixonados estão, e mesmo que se sacrifiquem em vão, já é um prazer. Porque alguém vai ler, e esse alguém ficará surpreso em pelo menos imaginar o que o verdadeiro receptor da mensagem estaria fazendo em vez de ver o quão é amado por alguém. Eu não acredito na sorte, ela nunca provou que estava do meu lado, ao meu ver sempre esteve contra mim. Mas sei que não posso culpá-la por não ir com a minha cara, e se ela resolver ir? Bem, é outra história, outro fato, outro conto... Reparei que essa semana foi de um descanso merecido, meus nervos já estavam a flor da pele. Eu tinha de parar e pensar comigo mesma: "Onde estou me enfiando? No que estou pensando? Você sabe que é um, numa escala de zero a dez, não sabe? Também sabe perfeitamente que nada pode mudar da noite para o dia, você precisa encarar os fatos. Não pode se atirar do penhasco e querer voar como uma borboleta. Não pode." Eu realmente não posso, mas e se eu quiser tentar? E se de repente eu encontrar a leveza que preciso? A graça do bater de asas? E se eu conseguir voar, quero que seja bem alto! Onde as nuvens bricam, as estrelas brilham e a lua dorme, em pleno abraço seu.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

You make me feel so little

Notei que esses dias andam freiados,
mil e um minutos desacelerados.
Minha mente vaga por uma grande ilusão,
quem sabe um dia você entenda a citação.

Não é a toa que suas palavras provocam-me amor,
eu não pude lutar contra, mesmo estando ao lado do pudor.
Vejo que a cada instante desejo as maravilhas de um mundo seu,
quem me dera morar neste mundo,seria um sonho meu.

Eu poderia evitar o pensamento incerto,
estaria travando uma batalha comigo mesma,
lutando contra o meu grande afeto.
Você não só é um grande cara,
você é quem controla as minhas emoções,
as intercala de um jeito só seu. Esse jeito que
conquistou o amor meu.

Não tenho ideia se isso é certo ou errado,
só sei que de todos os que havia pensado ter amado,
errei e errei. Mas agora acertei. Você poderia ceder se
soubesse o quão acelerado é meu coração, ah se eu pudesse
lhe mostrar, ah se você pudesse enxergar...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Happy Birthday for you, girl.

Muitos me falaram que os 16 anos é uma idade muito esperada. Eu particularmente não vejo muita coisa de especial neste número, o dezesseis. Mas convenhamos, eu não sou mais uma debutante, e terei de me acostumar em falar essa idade, pois ainda estou com os quinze na cabeça. Aposto que você sempre sentiu uma curiosidade de saber o que realmente muda. Muita coisa, aliás! Tem sempre o lado positivo do aniversário. Abraços, presentes, fotos, tudo de bom! Telefonemas, mensagens! Tweet's, scrap's, até um "curtir" no facebook você ganha. Não é demais? Pois é. Você se sente tão querida! Pessoas dizendo palavras doces, te confortando com gestos bonitos a todo instante! É tão bom quando isso acontece. Hoje eu me senti assim. Em 25 de Agosto de 1994 eu estava nascendo.  E agora, com essa idade que ganhei irei vivendo e vivendo. Cada vez aprendendo mais, enxergando mais a vida, conhecendo mais as coisas, tendo o prazer de fazer as coisas que eu amo! É por tudo isso que eu vivo. Se a cada momento do dia, as pessoas falassem o quanto amam umas as outras, a bandeira branca seria levantada. Sem guerras, sem intrigas e conflitos. Nada importaria a não ser a paz e o amor! É tudo isso que eu desejo a cada um de vocês. De verdade, aos que eu conheço pessoalmente e aos que sempre estão do outro lado da tela do computador. Aos amigos do Sul principalmente! São tantos carinhosos que eu nem sei o que dizer. Só posso agradecer por vocês fazerem parte de minha vida e estarem comigo, de alguma forma, seja com sorrisos, palavras, abraços, beijos ou qualquer coisa do tipo. Saibam todos que essa garota, que hoje completou seus dezesseis anos, ama todos vocês incondicionalmente.

domingo, 15 de agosto de 2010

Address

Olívia havia telefonado e já era tarde da noite. Danny lia um livro sob a luz amena de seu quarto.
Uma vez ou outra, tinha a impressão de que a luz piscava, um segundo depois, estava tudo claro de novo. Às vezes, achava que a luz que ia embora, era a luz de sua cabeça.

─ Consegui aquele encontro com o escritor! Anote o endereço.

Apalpar objetos naquele tipo de luz era um desafio.

─ Pode falar.

Pelo que havia anotado, julgou ser um café típico de São Paulo. Arriscava conhecer o local pelo nome. Seus olhos pairaram, fitando o contorno contrastante de tinta sob o papel, do contorno para as letras, das letras para o papel.
Suas orbes pulsavam, como se o sangue de todo o seu corpo tivesse sido transportado para os olhos.
Sentia um vibrar, a sensação morna que os cobertores lhe presenteavam era relaxante.
A íris de seus olhos dançava, admirando as letras, os números, a informação.
Embriagava-se sem total controle, queria segurar o tempo. O relógio, de repente, pareceu-lhe perturbador. Como se cada badalada fosse única, nunca mais iria voltar, não a mesma.
Estava em outro lugar.
Ele sabia que não era o seu quarto, no fundo, esperava sentir cheiro de comida. Mas não sentiu. O odor era outro.
Suas pernas tremiam em sintonia com um desespero extasiante.
Naquela pequena sala, no velho sofá torto, de couro encardido e pesado, esperava por uma resposta, uma resposta que poderia mudar sua vida.
Mas o que realmente poderia mudar? Se a certeza fosse certa, não existiria o talvez, sem o talvez, o não seria incompleto.
As dobradiças enferrujadas de uma porta rangiram, a sombra de alguém começava a clarear.
Foi o sol, que interrompeu o abrir e fechar de lábios de uma boca seca, desgastada de belas palavras.
Estava suando, a camisa do pijama azul colada em suas costas. Seus dedos estavam dormentes, e quando foi movimentá-los quase cortou-se.
Encontrou um papel, de letras pretas, pouco borradas com seu suor.
Agradeceu mentalmente à amiga, o endereço contemplado na noite passada não era uma saleta.

sábado, 7 de agosto de 2010

Coming soon

E se o mundo mudasse? É, parece que muita gente anda acreditando na teoria bizarra de 2012. Não os julgo e nem concordo. Também não quero falar disso. Durante esses dias, tenho notado o quão eles parecem ser iguais. Deve ser a rotina que voltou. Eu sempre bato na mesma tecla, várias vezes disse que rotina é algo ruim. Ela não é tão ruim quanto eu pensei. Não, eu não achei nada que possa fazer a minha rotina mudar, até porque, se ela mudasse sempre, deixaria de ser rotina, não é? Ainda é cedo para decidir as coisas, mesmo eu achando que é extremamente tarde. Ainda é inverno e eu ainda me preocupo com a droga de verão efervescente que logo virá. Eu me preocupo demais, e não é porque eu quero. Se de alguma forma essa preocupação pudesse ir embora, eu agradeceria a quem fizesse este enorme favor para mim. O tempo realmente está passando, talvez eu esteja me sentindo velha. Eu não sou velha, mas me sinto como uma. Como se em dois anos eu tivesse crescido uns dez. Espero que eu não fique com uma mentalidade de vinte anos ainda no colegial. As pessoas já me acham muito diferente. Eu não vou bancar a freak e dizer que ninguém me entende. Também não vou dizer o quão queria que mais pessoas parecidas comigo convivessem em meu cotidiano, elas estão longe demais para que isso aconteça. Tive sonhos esquisitos essa semana, eles estão começando a fazer sentido. Essa corrida tem parecido aquelas em que as pessoas apostam no cavalo mais bonito. Neste caso, parece que o cavalo sou eu e a pista é a minha vida.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Summer nights

Eu gosto das férias. É que ficar tanto tempo em casa, fazendo as mesmas coisas é cansativo. E mesmo que eu não viage, acabo saindo de meu quarto em meus pensamentos. Já pensou se só com a força do pensamento, a gente pudesse visitar os lugares que mais queremos? Há pessoas que adorariam comer uma macarronada em um restaurante da Itália. Há também os apaixonados, que não pensariam duas vezes para subir na torre Eiffel para dar aquele beijo de arrancar o fôlego! Desvendar os mistérios da Esfinge no Egito. Visitar os museus ingleses e beber aquele chá das cinco na Inglaterra. E as praias da Califórnia? Minha nossa, aquela areia clarinha, macia e aquecida pelo sol. Um safári na África não seria má idéia, um jipe quebrado e "pernas pra que te quero" para fugir do leão. Consegue sentir tudo isso? Ah, se pudéssemos tocar o mundo com os dedos de vez em quando, só para fugir da rotina que temos de enfrentar. Vai ver é por isso que adoramos tantos as férias. Deixamos a rotina de lado, e o dia de amanhã será melhor que esse, mais divertido, ninguém pode saber! Tudo é tão imprevisível! Qualquer coisa pode acontecer, e nós, meras pessoas, não podemos evitar nada. Com essa última semana em casa, (não vou dizer que descansei, parece que nas férias, as pessoas pensam que você está em casa só para ajudar em certas tarefas. Deveríamos ter férias das tarefas que fazemos nas férias!)  eu tenho pensado que um dia, não muito perto, e nem muito longe, as coisas irão se acertar. O bom das férias é que você tem um pouco de tempo, e esse tempo foi bem aproveitado, pelo menos pra mim foi! Novas pessoas, novos assuntos, novos interesses, conhecimentos e opiniões! É tão maluco pensar que em poucos minutos, iremos conhecer alguém e num passe de: "Olá, tudo bem?" Fazemos uma amizade de muitos e muitos anos. Mentes insanas, mundo maluco, mas nós somos felizes por sermos assim! E esse inverno que congela a alma, hein? Não preciso dizer que estou adorando mais e mais. Só fico pensando quando ele for embora, o quê farei sem meus casacos e jaquetas? Verão bandido!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Bad people.

Eu gostaria de saber onde está o sarcasmo das coisas. Parece que ser irônico hoje está tão na moda quanto o jeito idiota de ser. Já reparou que ao sair na rua, se você sorri para alguém, esse alguém será tão babaca ao ponto de achar que está flertando? Já não se pode sorrir para ninguém sem que a maldade penetre na mente das pessoas. Recentemente eu vi que a amizade é um tanto perigosa. Nos envolvemos com pessoas que um dia sorriem, outro dia estão falando seus segredos para outras, elas riem de ti pelas costas. Para mim isso é covardia. E covardia é uma das qualidades que eu mais abomino em meu campo de amizade. Sim, a amizade é um campo minado. Se você não tomar cuidado, acaba explodindo com a falsidade dos amiguinhos. A melhor forma de evitar isso, é a desconfiança. Podem até reclamar que você desconfia de tudo e de todos, mas todos são assim. Quando alguém fala: "Não confia em mim?" Já está se entregando, pois admite que fez algo errado e não merece a confiança dos outros. Esse texto não foi escrito para alguém concordar ou discordar, foi um pensamento que eu gostaria de registrar antes que eu me esquece. De vez em quando eu acabo esquecendo de escrever coisas que gostaria de lembrar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Old times.

Para os amantes da arte, hoje eu irei lhes perguntar uma coisa. E se você não for um artista, mas sim um simples apaixonado pelo tempo, também irá me entender. Conhecem o efeito "foto antiga" de alguns programas para edições de fotos? Pois bem, eu imagino que lá para os anos noventa, tudo era assim. As pessoas eram simpáticas, ouviam coisas boas, os cabelos das garotas tinham um corte diferente. Notaram que ninguém precisava alisar o cabelo? As pontas eram desfiadas, os rapazes só se importavam com carros e jaquetas de couro. Quem tinha a maior cara de machão, levava a gata para ir ao cinema na sessão da matinê. E quem sabe, muito raramente, ganharia um beijo na porta da casa dela. E isso não é cena de cinema, acontecia mesmo. Eu acho que o ar era amarelado, bem parado. Como se ele pudesse andar por aí, derretendo as frustrações dos jovens. Porque levar um F em qualquer redação era um caos para os pais. Mas a festa continuava para os jovens. Bebidas, cigarros, discos, couro, all star, drogas, sexo. Tudo estava relacionado com a falecidade de cada um deles. O mundo estava mostrando as suas primeiras injustiças, mostrava também a capacidade de fazer as pessoas voarem. Eu sinto saudades dos carros com bancos de couro, tão personalizados quanto seus donos. Sinto falta de como era bacana beber até a madrugada com os amigos, sem se importar se amanhã era segunda ou terça-feira. Os álbuns de figurinha, os lançamentos de músicas inéditas nas rádios. Porque nesse tempo não existia celular, mp3 ou computadores. Os ouvintes ligavam e choravam pedindo alguma canção amada. Imploravam por ingressos de shows que jamais foram esquecidos. Cantavam alguma canção no meio da rua. Um começava sempre, e quando os outros notaram... eram milhares de pessoas cantando a mesma coisa, como se fosse um hino. O hino da liberdade. As fitinhas nos pulsos gritavam pela paz e pelo amor. As cafeterias eram lotadas, todos queriam um café depois do trabalho. Andar de bicicleta era o meio de transporte mais rápido e seguro, e se você caísse... era só passar um remédio que era vermelho, parecia sangue. Ardia demais. Em dois dias já estava sarado. As fotos antigas provam o que estou dizendo. Os bailes formaram os casamentos de quarenta e tantos anos que vemos hoje. As praças eram mais verdes, as árvores mais fortes. As flores mais puras, os pássaros cantavam mais. O chocolate era mais doce. O cheiro da chuva era mais intenso. A luz da lua era mais brilhante e romântica. O colégio era uma boa fase. As fotos eram momentos. Os namorados eram loucos. As festas viciantes. O leite da Parmalat era único. Saudades desse tempo, dessa época que eu nunca vivi.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A day to remember.

Os dias comemorativos são importantes para quem? Fanáticos pelo natal? Profissionais frustrados por ganharem pouco e não serem felizes com o que fazem? Tem dia para tudo. Dia de parentes, datas comemorativas, descobrimentos, prevenções, liberações, combates... É impossível existir um dia de nada? Absolutamente nada? Porque as vezes eu me pego pensando em coisas assim. Tudo tem um significado, se dizemos alguma coisa, qualquer pessoa pode interpretá-la ao seu ver. Saem entendimentos absurdos, outros que não chegaram perto da mensagem que queríamos passar. É difícil dizer o nada. Está em uma constante transformação. Certa vez eu vi alguém chorar porque as palavras de um outro a cortaram. Foi crueldade ou fragilidade? Só o que me restou foi dar alguma espécia de conforto. Eu lembro de fatos não tão distantes, mas também não tão recentes. Eles foram intensos, o suficiente para me fazer mudar meu ponto de vista. Realmente, palavras são como gestos, ficam na memória. Diferente das fotografias. Elas desmancham com o tempo, se perdem na lembrança, no passado. Mas o timbre de alguém especial fica, e acaba ficando conhecido. Um tom diferente, ousado, bonito, maluco. Hoje é o dia desse timbre, que venha o rock 'n' roll.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Happy Birthday to you, Ringo Starr.

Engraçado. Essa é uma palavra muito alegre, não é? Ser engraçado é um dom muito bonito. Você consegue fazer a alma das pessoas sorrirem, e elas desejam cada vez mais que isso se repita. Porque quando nos divertimos esquecemos todos os problemas. Nada pode nos dar mais prazer do que rir. E ser bom? Quanto a isso, há variações. Ser bom em algo nem sempre é valorizado, depende muito do ponto de vista de cada um. Viver em luta, participar de coisas eternas, ser reconhecido por alguma característica própria. Isso não lhe parece familiar? Talvez se buscarmos na memória... Não. Não iremos encontrar em nossas memórias, o que é especial não fica no cérebro, mas sim no coração. E vive lá, dorme lá, sorri de lá, mora lá. Sente-se em casa, em seu lar... O mundo passou por tantas mudanças, e ele estava lá. Com seu charme discreto, atrás de uma bateria cujo logo é eterno. Ele não sabia que o sucesso estava mais perto do que as estrelas que tanto queria tocar. Tocá-las não era mais preciso, ele havia se tornado uma. Tão grande, tão brilhante. Com anéis em suas pontas, grandes e exóticos. Hoje, 07 de Julho de 2010 ele completa 70 anos. Bem vividos, conquistados com paz e amor. Porque ele ainda fala disso e não deixará de falar até chegar o dia. Richard Starkey Jr, mais conhecido como Ringo Starr. Parabéns, você é mais do que qualquer baterista ousou a sonhar. Você é o nosso, para sempre e eterno... Ringo Starr.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Happy Birthday to you, Paul McCartney.

Quando dedicamos um texto para alguém, esperamos que a pessoa leia. Pois bem, mas se ela não ler? Se soubéssemos que nossas cartas de amor jamais seriam lidas por nossos amantes, então não as escreveríamos. O amor morre. As cartas não existem. O sentimento tão forte e tão vivo que faz nosso coração pulsar nos deixa aflitos porque guardamos tudo, sem revelar nada a ninguém. Porque há pessoas que ainda escrevem cartas, há pessoas que não conhecem um e-mail, há pessoas que detestam a tecnologia. Se um dia alguém importante pudesse ler suas palavras, o quê isso te provocaria? Felicidade ou orgulho? As vezes sentimos algo tão forte que não sabemos nem medir. Há admirações, há paixões, há milhões de maneiras de se amar e de ser amado. Tudo é bastante relativo, depende do ponto de vista de cada um. Agora, diga-me, sabem que dia é hoje? Para uns hoje é uma sexta-feira, dia de curtir com os amigos, para outros é dia 18 de Junho. Um dia como outro qualquer, um dia monótono, que não passa. Estamos quase em Julho, as férias estão chegando, as malas estão começando a ficar cheias de acessórios e outras coisas. Mas hoje não é um dia qualquer, o hoje tem algo a declarar. Algo importante, que para mim não pode ser passado em branco. Não. Há quatro dias que não podem ser passados em branco no calendário de minha vida. Hoje alguém completa 68 anos. Uma idade normal para alguém tão fora do comum. Quero deixar claro que sei muito bem quantas mensagens já foram escritas por conta disso, mas sinceramente? Eu não ficaria bem comigo mesma se deixasse de escrever algumas linhas. O gênio, o baixista, o canhoto, o beatle, o charmoso, o alegre, o inglês, o favorito. Hoje é o seu dia, James Paul McCartney. E é o meu dia também.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Somebody told me something.

Certo dia eu fiquei sabendo que falar que uma pessoa é falsa pode soar como algo maldoso. Mas esconder uma verdade é bem doloroso. Muitas vezes perguntei a mim mesma quando é que as pessoas iriam crescer, mas o resultado desse "crescimento" não foi satisfatório. Algum dia você já se sentiu como o único ser com inteligência e dignidade no mundo todo? São tantos habitantes, tantos países e tantas culturas diferentes. Negar tudo isso e dizer que você é melhor não o torna melhor, apenas faz com que os outros te achem arrogante. O quê é ser arrogante, afinal de contas? Eu não entendo como alguém pode achar que o outro é arrogante por achar suas idéias melhores, e se forem realmente melhores? O ser humano não sabe aceitar que um sempre vai ser melhor do que o outro. Eu não sou diferente, também não aceito quando dizem que minhas idéias são estúpidas ou que meus pensamentos não fazem a diferença, e quando digo que aceitei, estou mentindo. Quem nunca fez isso para fazer com que o outro calasse a boca de uma vez? Eu disse sobre o crescimento das pessoas, mas não disse nada sobre a mudança de comportamento delas. Sim, porque elas vivem mudando. Você nunca sabe o porque, só ouve as palavras que lhe dão náuseas. Isso te faz arrogante? Cabe a você ou aos outros decidirem, como sempre. Os amigos são trocados, os elogios são esquecidos, as frases de: "eu sempre estarei contigo", "você não tem de fazer isso sozinho" ou "pode contar comigo" vão para onde? Abismo? Lago? Um lugar desconhecido? Não... Elas nunca existiram, você nunca as ouviu, porque a verdade é dita em alto e bom som. Já as mentiras são sussurradas para fazer com que o tom seja tão sedutor quanto seu autor.

sábado, 1 de maio de 2010

I hope to see you again.


Eu só queria ficar perto de todos eles, sentir o cheiro de lar que eles tinham. Porque aquele cheiro pairava no ar. Aguçava meus sentidos, mas eu sabia que alguns deles eram fingidos. Me olhavam como se eu fosse culpado por estar sujo, quem me dera ter um simples banho pelo dito cujo. Alguns deles me espantavam, fazendo-me correr pelas ruas, lutar contra os carros. Outros me chamavam, eu ia até eles, mal sabendo que aquelas pessoas haviam salvo minha vida. Era por isso que eu ia até elas, ao me chamar eu sabia que estava desviando de um carro, que segundos depois poderia vir a me pegar. Os carinhos que recebia atrás da orelha faziam-me viajar, sede eu não tinha. Só queria um lugar para ficar. Diante de todos os alunos, nenhum quis me adotar. Mesmo que eu os pedisse com os olhos cheios de tristeza, tudo o que eu recebia era a pobreza. As pessoas boas estão sumindo, as más sempre indo e vindo. Diante de uma noite fria, eu jamais poderia sentir alegria. Meu rabo estava caído, como uma alma que já tinha falido. Senti um cheiro diferente, parecia de uns parentes. Me senti muito contente quando sua mão tocou minha testa, meu corpo se aqueceu, parecia que havia começado uma festa. Suas carícias deram-me momentos de paz, era uma moça e não um rapaz. Ela me olhou com seus olhos piedosos, eu via que ela carregava um tipo de remorso. Ela não iria me adotar, o motivo deveria ser muito grande para fazê-la chorar. Suas lágrimas caíram em minhas patas, ela não se importava se eu tinha ou não raça. Num súbito momento foi embora, deixando-me a saudade. Gostaria de vê-la de novo, pois de todos os olhos que me olharam, somente os dela tinham a doce verdade.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

He couldn't stop.

Ele estava evitando olhar as pessoas nos olhos, mas não estava escondendo nada. Só não queria responder o que se passava em sua cabeça. Todas as vezes em que viajava em seus devaneios, tinha um mundo. O seu próprio mundo. Onde poderia aparecer nos lugares que quisesse, ver o que tinha desejo e sentir todos os prazeres que uma brisa nublada poderiam lhe dar. A inocência estava saltando de seus olhos. A sinceridade sólida como um cubo de gelo, que por várias vezes teve seus altos e baixos. Era difícil dizer se suas palavras eram corajosas ou aventureiras. Seu andar podia ser vago, outrora acelerado. Com um constante sentimento que a Física não pode compreender. Nada tão sutil poderia ser comparado com o seu modo de ser, o jeito com que controlava as coisas. Por vezes deixou que elas fossem libertadas. Os impulsos aumentaram, e a hostilidade permaneceu. A melhor coisa que se poderia fazer era banhar-se ao vinho. Ele o fazia esquecer dos problemas, das mágoas, da rotina diária que encontrava-se. Cansado de bater por todos os lados, cansado de ser tratado como um simples experimento. Sem valor, sem emoções ou qualquer coisa que fosse considerada real. Mas sabemos que ele é real, não é? Que dentro de si há algo. Um misterioso fato que permanece oculto. Ele não é como qualquer um, cheio de preocupação. Ele é livre, vai onde quer, demonstra como se sente. E sempre admite que o caminho errado não é o melhor caminho. Você poderia se apaixonar por ele, e agora esse pensamento parece absurdo. Se apaixonar por ele? Que insano. Mas com o tempo, depois de conhecê-lo você percebe que não é difícil de amá-lo. Quem não amaria a ele? O coração de uma garota.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Inspiration comes from the air.

Hoje eu não sabia o que escrever, e isso não vem desse dia. Como disse há poucas linhas atrás, as letras as vezes somem, ficam tão claras que os meus olhos não conseguem enxergar. Incolor, como o ar, como a água, como o vento e como a lágrima. Tanto se fala de cor, que tudo tem cor. Seria possível então, arrumar um sabor para tudo o que tem cor? Sendo assim, qual é o sabor do sorriso sincero? Do olhar perdido? Da alma que corre feliz por um campo lotado de rosas azuis? Oh, sim. Elas não podem ter sabor, ao menos que você imagine. Um sabor doce num dia de sol, um sabor amargo num dia de chuva. Por que sempre tem de ser assim? E se quisermos inverter? Pois bem, dia de sol, tão amargo quanto o remédio chato que temos de engolir para nos sentirmos melhor outra vez. Um dia de chuva tão doce, com gotas de açúcar caindo em nossos lábios, deliciosamente apreciável. Somos diferentes de todos, somos quem somos porque temos de ser assim. Não importa o lugar, não importa com quem você fala, ou do que você gosta, sempre teremos o doce e o amargo presente em nossas vidas. Há pessoas que tem mais um do que o outro, nada mais justo do que compartilhar o sabor que temos a mais com aqueles que não o tem em quantidade suficiente para demonstrar a alegria em sua face, com o melhor sorriso do mundo. Sendo assim, peguemos um balão de borracha. Assopremos com todo o ar que temos em nossos pulmões, damos um nó e o prendemos. Ali é que está a nossa alegria, e o que eu irei fazer com ele? Oras, é simples. Eu o darei a você...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Doesn't matter who you are.

De pecados ele passou a viver, tornando sua vida cada vez mais mórbida. Não haviam tantas razões assim para seguir em um futuro próximo, nem futuro sabemos se ele teria. Desde que a perdeu, entrou em seu ápice de loucura. Não era certo pensar que ela era do mundo, mas também não lhe parecida certo dizer que ela era sua. O quê ela era, então? Tudo o que faria era para tentar salvá-la, mas mesmo assim ele não conseguiu. Os dias foram passando, tudo foi mudando. As pessoas caminhando, crescendo, conhecendo uns aos outros, e ele ali. Continuava sozinho, fazendo as mesmas coisas, visitando os mesmos lugares, como se ela ainda estivesse com ele, como se fizesse parte de sua rotina. Ele era imparcial com os assuntos, preferia esconder sua opinião sobre tudo o que perguntavam, talvez se fosse mais invisível, eles não notariam a sua dor, e os seus momentos de loucura depressiva. Oh sim, ele tinha a loucura que o alimentava. Essa era a sua nova amiga, fazia parte de seu estilo, entre muitos. Ele gostava mais dessa, da loucura que o saciava, aquela que o vigiava vinte e quatro horas por dia. Tão atenciosa, tão sóbria em relação a seus passos. Eu me lembro que quando o vi, pela segunda vez depois de alguns anos, enxerguei a sua dor. Eu vi o seu rosto, vi seus olhos vermelhos tão machucados com suas lágrimas salgadas. Não me pergunte como estava o seu coração, não chegava a estar partido. Mas estava muito machucado e eu queria curá-lo. Em uma caminhada rápida e distinta, eu o segurei pelas mãos. O fiz entrar em minha casa, e de lá ele não saiu nunca mais.

Falling in love with a time.

O dia parece meio cansativo, eu tenho me divertido em reparar o quão lento ele é. Não há muita coisa para se falar, eu prefiro escrever. Escrever sobre o tempo, do que eu vejo e do que ele me oferece. É engraçado como ele parece ser apenas um amigo para mim. Outras vezes briga comigo, implicando em dizer que não pode parar porque eu quero. Ele simplesmente corre, como se estivesse fugindo das mágoas, das pessoas que o criticam pela maneira que é. Já aconteceu algo parecido com você? Ver algo sendo criticado por não atender as expectativas das outras pessoas? Eu duvido que você negue a minha pergunta, sei muito bem como é ver algo desse modo. Por outro lado, ele não deixa de ser ele mesmo. O tempo. Quando ele quer me agradar, ele para. Quando quer me ferir ele corre, pois sabe que de suas corridas eu já sofri. Tanto que pedi para ele voltar, mas ele não voltou. Só desacelerou, eu finalmente pude alcançá-lo, e passamos a andar juntos. Os mesmos passos, na velocidade que precisávamos para sobreviver. Fazemos isso todos os dias, quando o sol sai ele apressa os minutos para que logo a lua venha, porque ele sabe que eu aprecio a luz do luar, é nela que eu percebo a sorte que tenho por ter ele ao meu lado, o bom e velho amigo tempo

terça-feira, 6 de abril de 2010

Pretend that love is light.


Ele não fazia idéia do porque dizer á ela tantas palavras doces, de uma forma sutil o jovem a levava em seus pensamentos. O quê há de ser o tempo se não gotas de suor de um pobre mal amado? Ninguém sabe o que ele sente, mas muitos têm suas deduções. Apenas sabem que todas as tardes ele encostava sua pele no tronco de uma árvore e passa horas contemplando o horizonte, debochando do eclipse lunar. Tal fenômeno não tinha sua luz comparada ao dos olhos dela. E a distância que ambos tem não é apenas por quilômetros exatos, seus caminhos tinham armadilhas. As chances de morrer tentando atravessá-lo eram enormes, e no ápice das tentativas ele matou a sua angustia. Sua alma então pode viver, e ela brilhou. Tanto que os cegos de coração frio não conseguiam mais enxergar, ver através das paredes, as testemunhas de seus sentimentos. Eles se viram e desde então nunca mais esqueceram de como é sentir poder tocar o céu, arranhar as estrelas e subir pelos andares proibidos. Nada era tão quente do que o olhar que se encontrou, da voz que se escutou e da lembrança que os separou.