quarta-feira, 20 de julho de 2011

Boys and girls, the light will shine

Já vi contradições de todos os tipos. Alguém pedindo cerveja em uma festa de batizado. Pessoas dando feliz dia das bruxas no natal. Contradições com uma pitada de humor. Pimenta do reino, aquela que você tempera e tempera, mesmo assim continua com o mesmo gosto.
Tais contradições fizeram-me pensar. Por que fazemos as coisas certas quando não precisamos? Damos feliz aniversário para a pessoa que completa anos, não para a mãe que passou todas aquelas dores. Às vezes penso que os parabéns deveriam ser dela, não é? Nós só causamos dor.

Está aí uma coisa certa. Nascemos causando dor em quem mais nos ama. Por que, não é? Tem coisas que a natureza decide, injustamente. Pois é. Mas a questão é o dia de hoje. Dia do amigo. Sinto aquela sensação de que já comemorei tal data esse ano. Não é como o natal e o ano novo. Sabemos que demora pra chegar, é rápido. Mas acontece só uma vez. Se as pessoas ganhassem o tanto de presentes que ganham... Sentiríamos falta dessa data. Mas não! Eu pelo menos não considero o dia do amigo uma data tão... importante.

Dia do amigo, pra mim é aquele dia em que alguém demonstrou ter uma amizade sincera, sem esperar nada em troca além de sua amizade. Aquela pessoa que jamais iria tacar na sua cara que sentiu falta de presentes. Que o maior presente é a sua amizade
Algumas falam isso por educação, para não deixar o outro em uma lagoa pequenina de esperanças. Prefere transformá-la num poço. Profundo e obscuro. Tal falta de luz só faz nós percebermos que muitas pessoas preferem apagar a luz para nós, mesmo sabendo que temos medo do escuro.

São poucos os que levam o nome de amigo. Bem poucos. Pra mim, amigos nem sempre estão juntos. Eu tenho uma amiga que a vejo uma vez por ano, e mesmo assim, não deixo de amá-la.
Outro vejo todos os dias. E só alguém muito especial consegue enxergar a nossa amizade sem aqueles pensamentos banais que pouco importa.
Temos muitos colegas. Claro, não dá para viver só de pessoas que nos querem tão bem. Há aquelas que nos querem bem. Só bem. Recebemos essa bondade de bom grado, sempre é bom saber que as pessoas gostam de nós.

O conceito de amizade também foi banalizado. Assim como o amor. Ser amigo hoje não é mais aquela pessoa que te dá o ombro pra chorar. Hoje, ser amigo é quem aumenta seu ego, e muitas vezes, só para te ver quebrar a cara. Não sei quem tem mais hipocrisia. Se é quem recebe os elogios mal falados ou aquele que vos fala.

"Gostaria que o mundo enxergasse a luz que vem dos astros. Eles que sempre estão lá, e quando não estão, é porque algo os impediu de brilhar. Eles nunca irão desapontar você. A Lua e as estrelas estão brilhando para fazer você lembrar que o dia pode ser ruim, mas a noite tende a ser melhor. E se for pior, por que não abre a janela? Há tanta coisa lá fora, tanto ar para respirar. Tantas pessoa para conhecer, lugares para visitar. Estradas para conhecer. A imensidão desse mundo está no céu. Você não sabe onde ele começa , nem onde termina, mas sabe que ele está estendido para você. A inspirá-lo em vida. A fazê-lo lutar, para sempre, em um certo horário, olhá-lo. E ver que lá está ele, esperando você sorrir para saber que sua meta fora cumprida. Fazer você feliz." 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

My city is lucky

Ontem matei algumas pessoas. Das quais viveram dentro de mim por muitos anos. Eram boas, mas confesso que aproveitei cada corte que deixava em seus rostos. Como se toda a minha espera explodisse exatamente agora. E explodiu. Era excitante ver as coisas de um lado diferente. Sou eu quem está por cima, agora. Comecei a sentir nostalgia de todos os fatos. Saudades dos ossos partindo-se, do barulho que os dentes rangiam de medo. Ah! Como foi refrescante tomar banho de sangue pelos dedos...


Vontades! Eram tão grandes que as considerava pessoas. Sim, a vontade de sentir múltiplas sensações, de pisar em um lugar que eu jamais havia pisado. Velocidade que não era tão veloz, mas parecia correr mais do que a luz. Cada trilho, cada caminhada, cada pessoa tornou-se testemunha de minhas descobertas. Reviver uma coisa assim é possível, mas jamais será igual. 


Rasgar cada pedaço até sumir. Ouvir sussurros implorando para que não continue, ir adiante...A liberdade é mesmo majestosa. Quando você a conquista, torna-se louco. Pode fazer o que quiser, quando quiser. Ninguém pode impedir, e se tentar, impeça-o. O cansaso vale a pena.
Como a volta de uma grande viagem, carrego a nostalgia nos ombros. Com os fatos claros em minha mente.
Você pode ver aquilo que vivi. Há provas concretas disso. 


"Uma vez, um amigo me disse que se eu fosse mandar cartas para sua casa, que mandasse duas. Que se fosse ganhar presentes, que fossem baratos.. Para ter dois. Livros, dois. Bens materiais. Ele era conhecido como o número par da turma. Perguntei, certo dia o motivo daquele dilema. Risonho, disse-me que no futuro, iria encontrar sua ama gêmea. E que daria metade das coisas mais importantes que tinha. Achei diferente, parecia singelo. Revelei, então, que pretendia dar um CD para ele. Seu sorriso ganhou uma dança, e essa dança deu o ar sério que eu não via há muito tempo.Olhou fundo em meus olhos e disse que era apenas um. Surpreso, perguntei o porquê. Com um leve sorriso, ele disse que músicas não tem cópias, nunca! E que se houvesse um dia, seria a pior farsa e invenção da humanidade. Músicas são únicas. É o melhor presente que se pode dar. "


E por isso, eu dou todas as músicas do mundo para você, meu querido irlandês.