sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Terror

Eu deixo a poesia, as crônicas, os contos e as palavras bonitas e bem estruturadas hoje de lado. A razão da minha mudança hoje é o que vocês, internautas e pessoas informadas pela televisão bem sabem.
Uma enfermeira matou um cachorrinho da raça yorkshire a pancadas. O vídeo vazou pela internet revoltando e comovendo a todos, inclusive eu.

Muitos no facebook me marcam em publicações sobre coisas relacionadas ao mundo animal porque sabem de meu respeito, da minha escolha por ser vegetariana (sem pregar isso a ninguém), e o meu amor não só por gatos e cachorros, mas por todos os animais.
Eu não consegui ver o vídeo inteiro, não quis. Fui covarde, confesso. Está claro como água o que viria a acontecer. O cachorrinho morreu. Não resistiu a crueldade e brutalidade desta mulher.
Por ser um cão de raça, eu arrisco dizer que o cachorrinho era da menininha que viu a cena de terror.
A maior ironia seria que quando essa garotinha crescer, estudasse medicina veterinária para sentir-se diferente da mãe que possui, juro que torço para isso acontecer, juro!

Os jornalistas não podem e não devem ser imparciais neste caso. Eu que sempre critiquei o sensacionalismo de muitas emissoras, hoje aplaudo de pé o que elas estão fazendo.
Revoltante é saber que essa mulher achou que o crime não daria em nada, claro! A justiça brasileira não é das melhores quando trata-se de maus tratos contra os animais. Vemos várias celebridades lutando contra isso, como a Luisa Mell bem faz.
Gostaria de saber se um dia verei o Brasil aderir a prisão perpétua, pois a barbaridade desse crime é merecedora disso.

Muitos casos já comoveram as pessoas do Brasil e do mundo. Como por exemplo, o caso de Isabella Nardoni. As pessoas assistiram uma audiência ao vivo, condenando o casal que assassinou Isabella.
Eu não consigo entender a diferença do caso Isabella com o caso do  yorkshire.
Ambas as vítimas não puderam se defender. Elas foram silenciadas, e a crueldade falou mais alto do que elas.
Isabella era um ser humano, o  yorkshire considerado um animal irracional.

Mas e daí? Essa é a diferença? É motivo suficiente para você ficar de saco cheio e criticar as pessoas sensibilizadas com isso?

Eu li no facebook pessoas dizendo que isso não adianta. Que há pessoas morrendo, crianças sendo estupradas, e as pessoas ficam por aí dizendo sobre uma mulher que deu umas "bicas" no cachorro.

Bicas? Ela o matou. O fato é claro. Ela matou esse cachorrinho.

Agora pode perder a guarda da criança, e volto a usar o verbo torcer.

Torço para que isso aconteça. Pois ela não merece ser mãe. Ela não merece ter uma família, não merece ser feliz e não merece ter uma vida.

Se uma pessoa morre, a polícia procura investigar. Se alguém é estuprado, a pessoa pode denunciar se sair viva da situação. Agora me digam, se não fosse esse vídeo e o peso da internet, quem iria saber desse ocorrido? Quem?

Crime não possui diferença. Crime contra as pessoas e contra os animais são crimes! E não devem ser menosprezados.

Nós, internautas revoltados e sensibilizados com tantos casos de violência, racismo e outros denunciamos sim pelo facebook, twitter, etc.

E para quem acha que não mudamos o mundo com isso, pensem... Sem essas pessoas na rua o mundo não fica melhor?

Sem essa mulher livre os cachorrinhos que futuramente ela poderia vir a agredir novamente não se salvam?
Sem o casal Nardoni a justiça não fica clara? A tranquilidade que a mãe daquela menina hoje tem não conta?

Parem, eu repito: Parem de nos julgar por estar expressando os nossos sentimentos quanto ao caso do  yorkshire.

As pessoas deveriam lutar pela liberdade de expressão, e não pela repressão dos outros. Por favor, não tenham esse tipo de opinião.

Hoje essa mulher matou um cachorro. E amanhã? Ela irá precisar matar uma criança ou um idoso acidentado para que vocês finalmente tenham razão de julgá-la?

Não.

Eu me recuso a ver pessoas que eu sempre considerei espertas fazendo esse tipo de coisa.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Fuck your party, i'm leaving

Desculpe-me por não colocar gorrinho vermelho na cabeça e cantar jingle bell como se eu estivesse amando desesperadamente esse maldito momento do ano. Não, obrigada.
Falar mal do natal está tão comum quanto dar feliz páscoa em abril. Acontece que eu não venho oferecer nada diferente. Meus argumentos? Ah... Você pode encontrá-los em qualquer página de twitter da deprê ou até mesmo no status do seu amigo alternativo no facebook. Em qualquer lugar desse mundo virtual você verá que eu não estou sozinha neste barco.

Aos amantes do natal e de outras datas comerciais: Eu sei muito bem o quão ofendidos vocês estão. Nos dias atuais, falar mal daquilo que o outro gosta é chamar para brigar. Porque a sua opinião só causa polêmica, você quer aparecer. É gente, eu devo querer aparecer muito escrevendo isso em meu blog, não é?
Ano passado eu disse desgostar do natal, esse ano digo que o odeio. Ano que vem, talvez que o desprezo. E no próximo algum adjetivo pior. Ou você acha que eu acredito no calendário Maia?

Vamos imaginar que cada pessoa que te deu um presente natalino neste ano, falou mal de você nos meses anteriores. Quantos presentes você ganhou da mesma pessoa? Lembre-se: É assim que funciona! Cada presente foi um adjetivo ruim sobre você.

É, dá para dar um jeito! As lojas de garagem nasceram assim, ou pelo menos deveriam ter nascido desse jeito. Guardar coisas que as pessoas te dão só para terem o gostinho do perdão passivo é realmente revoltante. Prefiro não ter.

Nada.

"Fim de ano é desculpa boba para a pessoa encher a cara" Já dizia um amigo meu.


"Pode ser. Mas dou um valor bem maior para aquele que bebe todos os dias sem precisar de desculpas, aquele que é julgado pelos antiquados por beber. Mesmo que ele ou ela pague as próprias contas. Não tem maneira de escapar da sociedade que julga. E acreditem, se tivesse uma credencial para você jamais ser julgado, as pessoas teriam prazer em roubá-la de você."