quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

You don't need to be dead

─ É louco, não é? A gente se conheceu daquele jeito no festival, e agora estamos prestes a tocar no Cavern...
─ Louco estou eu! Essa porra de cabo não quer funcionar, cadê o George? Pelo amor de Deus, onde esse putinho se meteu?
─ Ele foi buscar umas Cocas.
─ Ah, certo, certo. Ótimo. Estou morrendo de sede.

─ É... Eu estava dizendo que nos conhecemos de uma forma casual, e agora iremos tocar juntos.
─ Ah, oi Pete. Onde diabos você estava?
─ Fui falar com a minha mãe, ela queria saber se estava tudo bem.
─ Não, não está. Essa porcaria de cabo não quer funcionar.
─ Eu te disse que estavam ruins, John. Assim como te disse que já havia comprado outro, e pedi que jogasse esses fora.

─ Ah...

"John era assim. Mesmo que eu tentasse dizer que estava feliz com o progresso da banda, e que me sentia ridículo com aquele cabelo que haviam inventado para nós, ele não me ouvia. Não na frente dos outros. John sempre quis esconder seus sentimentos, exceto a sua raiva e frustração. Eu o vi para baixo quando Julia morreu, oh. Ele ficou devastado. Eu vi a tristeza em seus olhos, vi o quão chateado e incrédulo aquele momento o deixou. A questão é que ele estava feliz. Eu, como seu amigo e companheiro das letras que jamais imaginamos que causariam impacto no mundo, também estava. Éramos uma banda diferente, que com o passar dos anos, nossa diferença ainda seria intacta. Não se misturando com a mesmice de sempre."


E hoje quis fazer diferente, não quero lembrá-lo pelo dia de sua morte, mas sim pelos dias que ele passou em vida. E quem melhor interpretar se não Paul para falar dele?