quarta-feira, 18 de maio de 2011

When a skin start to feel more

Se o que é harmonioso for a ordem certa das coisas, então uma desorganização tornar-se desarmônica? A vida nos tem mostrado muitas cenas, várias delas que jamais serão apagadas de nossas memórias assim como a data do dia em que viemos a este mundo. A reprodução das coisas está em todo o lugar, sendo sexuada ou assexuada. Sabemos que o primeiro tem uma diversificação maior, é o que constrói as diferenças de um ser para o outro. Muitos de vocês já estudaram esse conceito em Biologia, alguns detestaram, mas há algo mais maravilhoso do que encontrar algo tão parecido diante de tantos semelhantes?

Torna-se cada vez mais freqüente a utilização de meios para tornar-se diferente. Mesmo que suas características existam, nunca será o suficiente. As pessoas gostam de lembrar. Com um medo incalculável de esquecer o que elas têm de melhor, preferem eternizar qualquer coisa para que a memória não lhes pregue uma peça.
Uma vez, duas, três... Ou até virarem pó. Tantos são os rabiscos que elas fazem.
O papel torna-se seu melhor amigo, o lápis o desabafo. E em meio de tantas linhas, cores, traços e títulos lá está a nossa vida. Cada momento grifado de extrema importância para destacar-se diante de tantas situações.

A lei da conservação é clara: "No mundo, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma." Pois bem, e quando não encontrarmos a transformação final? O tempo mata tudo o que escrevemos, dilacera as palavras que há alguns anos eram quem nos dilacerava. Perder algo tão valioso assim torna-se sinônimo de desespero.
Para não perder tais rabiscos, o quê fazer?

Muitas pessoas ainda acham que tentar ser diferente é questão de rebeldia, é querer aparecer. A realidade é que o parecer não é negativo, pelo contrário. Não é querer se aparecer, é destacar-se diante da massa que tenta torná-los incolores. Esquecer todos os valores que possuem em momentos de extrema solidão.
As pessoas que pensam nisso não possuem a harmonia do preto e branco. Pois a combinação de cores é para os que sonham em pintar o dia da cor que está seu coração

"Diferença e desespero. É isso o que nos leva a transformar nossos corpos em telas. Telas que recebem o tempo eternizado. Que homenageiam aqueles que nos fizeram felizes por certo período. É a maneira de mostrar quem somos, de onde viemos, do que gostamos. É nossa cultura. Nosso desejo ardente de falar sem utilizar a voz. Título subentendido. A pele é papel, e as tintas são os sentimentos que a vida um dia nos fez sentir. Escreve-se pelo amor, camuflado na dor."