sábado, 9 de junho de 2012

Old book, same history

Se a música é a nossa alma sonora, notas fracas e letras sem nexo seriam para os desalmados?

É muito comum entrar dentro de um ônibus e escutar um som esquisito ou irritante em plena manhã de segunda feira. Isso só faz com que a nossa viagem seja mais longa, e até nos esquecemos de que há imagens lá fora. Realmente há! Mas quem é que consegue contemplar o parque do Ibirapuera quando a trilha sonora é desgastante?

Claro que os fones de ouvido seriam a solução. Em alguns transportes públicos de algum estado quase ético exige que aparelhos sonoros devam funcionar apenas para seus donos, mas isso resolve alguma coisa?
É como fechar os olhos para o problema. Se as pessoas usassem fones de ouvido, elas continuariam escutando aquela mesma batida de que todo mundo gosta e fala.

Mas o que há com elas?

As gerações evoluíram, claro. E isso foi ótimo, nunca fui contra a evolução, embora eu tenha o meu lado velharia bem apurado. Mas se elas evoluíram, por que é que o conceito caiu? Ou melhor, não restou conceito algum! O senso crítico deu um tchauzinho junto com os jovens estudantes que tanto lutaram pela democracia.

Hoje a luta mais interessante que podemos ver é uma briguinha de twitter da qual não resultará em nada. E esses resultados me assustam. Não quero ser a solução desse problema, mas não quero ser a causa dele. O que, afinal de contas, eu quero ser?

"Sou um velho livro largado nessa prateleira. Hoje em dia ninguém quer me folhear. Penso que fiquei desinteressante, mas logo o meu epílogo me dá a lembrança de que algo escrito não pode ser mudado. E se em minha época eu era interessante, como poderia deixar de ser nesse século maldito?"