quarta-feira, 19 de outubro de 2011

If you want to know, ask me why

O que foi fácil, hoje difícil.
O que foi claro, hoje escuro.
O que foi doce, hoje amargo.
O que foi felicidade, hoje tristeza.
O que foi sonho, hoje pesadelo.
O que foi eterno, hoje momentâneo.
O que foi presente, hoje ausente.
O que foi diário, hoje saudade.
O que foi amor, hoje incerteza.
O que foi saúde, hoje doença.
O que foi próximo, hoje distante.
O que foi certo, hoje incerto.
O que foi solução, hoje problema.
O que foi calor, hoje queima.
O que foi saudável, hoje enfermo.
O que foi chegada, hoje partida.
O que foi trato, hoje promessa não cumprida.
O que foi realizado, hoje incompleto.
O que foi feito, hoje desfeito.
O que foi balança, hoje desequilibrado.
O que foi festa, hoje funeral.
O que foi voz, hoje silêncio.
O que durou, hoje dança em corda bamba.




"Sentir-se deslocado não é um luxo exclusivo. Todos procuram se encaixar, como peças que um dia foram embaralhadas, e agora tentam ter o lar que lhes foi tirado. O mundo retirou coisas de mim, e me deu outras, mas nunca boas o suficiente para curar a saudade do que eu tinha. Hoje, vejo que há peças especiais chegando em minha casa. Elas sentam em uma cadeira qualquer, abrem um vinho e me servem uma taça. Quando o líquido é derramado em minha garganta, sei se essas pessoas irão valer a pena. Hoje uma vale, amanhã eu não sei quantas irão me oferecer uma garrafa. E não importa se o vinho parece ser velho demais, ou se ele já fora aberto antes. Vinho é vinho. Acasos são acasos. Não existe certo e errado. Só existe nós."