Deixe-me na beira da sarjeta,
onde os bêbados procuram a vida
que não são donos.
Quero ficar no sereno de minhas mágoas
pela ausência da sua presença.
Tenho que sentir a última gota de
chuva forte, que deixe-me doente,
que não haja cura, tenho de sofrer....
Me deixem jogado com o ardor de
meus pensamentos junto das feridas
que não se vê.
Preciso lembrar, preciso sofrer...
A arte vem da dor que chega sem avisar.
A dor traz a paz posterior, amarga como
teu rancor.
Para relatar esses versos deixe-me aqui
e vá embora, tenho que sofrer sozinho,
remoer a nossa história.