terça-feira, 20 de agosto de 2013

Metaphor and the hill


E se de repente eu inventasse uma cor que representasse
os seus olhos quando acordaste a primeira vez em toda a vida?
Talvez a partir dessa, outra cor de formaria com o teu despertar
durante todas as manhãs.

Seria minha imaginação tão fértil a ponto de criar uma textura
idêntica a tua derme?
Minhas narinas já me enganaram quando foram até as
montanhas e confundiram seu perfume com as araucárias.

Em aulas de botânica, poderia sentir todos os cheiros ao
vê-las ilustradas em fotografias minimizadas.
Pena que não posso engarrafar tal essência alucinógena.

Queria ter uma caneta tinteiro para tatuar a sua pele
por algumas semanas, borrar alguns desenhos por dentro,
dos quais você pudesse ver quando sentisse minha falta.

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