domingo, 18 de novembro de 2012

Dear, Âmbar.

És ela e somente ela que me aflige esse peito velho.
Há marfim em sua boca, acompanhado da preciosidade de seu sorriso.
Os cabelos são de ônix, a noite o plagiou por cobiça.
O vento invade tanta formosura em forma de dança.
Venta, venta, venta.
E se move o doce balanço de suas madeixas.
Sua pele é feita de pérolas, mas nenhuma ostra as acariciou.
Quem dera se tamanho bicho misterioso obtivesse o prazer
que tanto almejo nessa vida de martírios.
E visto que meu estado não é dos mais saudáveis, clamo por sua misericórdia.
Esmeraldas são seus olhos, lapidadas pelas lágrimas de ternura que os banha.
Em suas veias correm os rubis, gritantes e vivos. Pulsam feito a vontade que me cerca,
me arrebenta só de pensar que por ela morrerei a suspirar.
A voz, uma safira. Muda a cada tom.
Semana passada estava azul, ontem lilás e hoje cor-de-rosa.
De tantos tons, raridades e formas, abstenho-me neste breve contexto.
Sois anjos agora, quando a morte em sua imensidão a alcançou.
Para ela valiosa como a causa de tantas guerras civis, para mim o desespero.
A dor inquebrável, como pulseira de diamantes.

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