Sonetos vem e vão,
como chuva de verão que molha
a roupa no varal.
Falam sem dizer nada, mostram que
o sonar é um ato de amor e dor ao
mesmo tempo.
O soneto entra pela janela e me visita,
certa noite pediu para ficar, como recusar
o pedido de um soneto que pede
em forma de cantar?
Na madrugada insana, o soneto
fez poesia, disse coisas loucas e
deitou em minha cama, sonou e
sonou até me ouvir sonhar.
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